Brasil é o 2º país em casos de Covid-19 e 4º em mortes de presos no mundo

País é responsável por 6% das mortes e 16% dos casos na população carcerária

Por Da Redação
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Brasil é o 2º país em casos de Covid-19 e 4º em mortes de presos no mundo

Foto: Reprodução/ AG.CNJ

O Brasil já contabiliza 42.951 casos e 143 mortes de Covid-19 entre a população carcerária desde o início da pandemia. Com estes números, o país se torna responsável por 6% das mortes e 16% das infecções pela doença entre os presos do mundo. O Brasil só fica atrás dos Estados Unidos (184.728), em relação aos números de casos, e atrás dos EUA (1.304), México (326) e Peru (249) em relação aos números de mortes. 

As informações foram divulgadas pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) em seu sistema de monitoramento de casos e mortes provocados pelo coronavírus nos sistemas carcerários mundiais. Até essa terça-feira (23), o mundo contabilizou 286.714 casos e 2.361 mortes de Covid-19 em toda a população carcerária mundial.

Em entrevista ao Metrópoles, o coordenador do programa de Enfrentamento à Violência Institucional da ONG Conectas, Gabriel Sampaio, pontua que os presídios brasileiros, já possuíam problemas com superlotação antes da pandemia, e agora vivem com o problema da disseminação da Covid-19 dentro desses espaços. 

“Depois do início da pandemia, essas medidas desencarceradoras não foram tomadas de maneira suficiente, e o Brasil continua com um volume enorme de presos provisórios. Pessoas vulneráveis às doenças e com comorbidades permanecem sem terem processos analisados para que possam ser colocadas em liberdade, ou até regime de prisão domiciliar", disse.

“Nós temos uma cifra oculta de casos já que o volume de pessoas presas testadas é insuficiente para termos a real dimensão da crise. E, neste momento em especial, a preocupação fica ainda maior graças a maior transmissibilidade das novas cepas que circulam no país", completa Sampaio. 

Em nota, o Conselho Nacional de Justiça [CNJ] afirmou estar “trabalhando de diversas formas dentro de seu papel institucional para apoiar o judiciário na superação desse quadro” e “acompanhando com atenção a evolução dos casos, emitindo documentos técnicos de suporte a tribunais e magistrados a serem implementados com apoio de consultores locais, e monitorando junto a tribunais dados e informações com a publicação de boletins quinzenais.”

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