Segundo um levantamento da empresa de segurança digital Avast, o Brasil é um dos países que mais sofrem com ataques cibernéticos no mundo. Os números invasões à sistemas, neste ano, cresceram 92% no país.  

Os ataques analisados são do estilo ransomware, em que os criminosos pedem dinheiro pelo sequestro de dados. No mundo, o aumento foi de 38% em relação ao ano anterior. 

De acordo com Luis Corrons, pesquisador adjunto sênior da Avast, a adaptação rápida para o "home office”, em decorrência da pandemia, fez com que as empresas de pequenos e médio porte, que são a maioria no país, tivessem dificuldade em planejar um sistema mais seguro. 

“A segurança, em muitos casos, ficou comprometida. A rede usada em casa, por exemplo, não é igual à da empresa – e isso abre brechas”, afirmou.

No entanto, mesmo com a facilidade do serviço on-line, as empresas podem acabar sendo prejudicadas financeiramente com os ataques. 

Segundo uma pesquisa da Kaspersky, do ano passado, os prejuízos de um ataque cibernético para uma pequena ou média empresa podem ficar entre US$ 93 mil e US$163 mil.

Além disso, dentre os golpes que dão mais dinheiro aos criminosos são os de sites governamentais, como o caso do Ministério da Saúde, na madrugada da sexta-feira (10).

“Os golpes desse tipo, de sequestro de dados, dão muito dinheiro. As quadrilhas estão sempre se atualizando, mais rápido que as empresas”, concluiu Corrons.