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Brasil: renda média dos mais ricos é 29 vezes maior que metade dos mais pobres

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Brasil: renda média dos mais ricos é 29 vezes maior que metade dos mais pobres

Os 10% mais ricos trazem em média € 81.900, ou R $ 255.760 no período de doze meses

Por Da Redação
Brasil: renda média dos mais ricos é 29 vezes maior que metade dos mais pobres
Foto: Igor Alecsander/Getty Images

O Brasil teve avanços na diminuição da desigualdade de renda na duas últimas décadas. No entanto, no últimos anos tem havido retrocesso nessa questão e cada vez mais pessoas acumulam riquezas em detrimento da manutenção da pobreza econômica de boa parte da população brasileira. No país, 10% das pessoas mais ricas ganham, em média, 29,25 vezes mais que 50% da população mais pobre. 

A renda nacional média da população adulta brasileira é de € 14.000, cerca de R$ 43.680 por ano. No entanto, quem está na base da pirâmide econômica e social, os mais pobres, ganham em média € 2.800, o equivalente a R $ 8.800 (menos de um salário mínimo por mês), e os 10% mais ricos trazem em média € 81.900, ou R $ 255.760 no período de doze meses.

Esses dados constam no relatório “Desigualdade Mundial”, divulgado nesta terça-feira (7) e produzido pelo laboratório de mesmo nome que tem o francês Thomas Pikkety (autor do best-seller "O capitalismo no século XXI") como um dos seus coordenadores.

Os números são calculados com base na paridade do poder de compra. Nada mais é que uma métrica que compara as moedas de diferentes países através de um índice que mensura o poder de compra.

10% dos brasileiros ficam com quase 60% da renda nacional 

Além da concentração maior de dinheiro, os 10% dos brasileiros mais ricos detém cerca de 59% da renda nacional total. Os pobres (50%) da base econômica somam apenas 10% da renda. 

A renda é medida já levando em conta o pagamento de pensões e outros benefícios, mas antes do pagamento de impostos sobre os reforços.

Brasil é exemplo das falhas na distribuição de renda 

O autor  principal do relatório e coeditor do laboratório, Lucas Chancel, diz que o Brasil é um caso exemplar de como as medidas de combate à desigualdade devem ser pensadas de forma a realmente cobrar a conta de quem ganha mais.

"Tivemos um crescimento da renda dos mais pobres desde 2000 muito por causa dos programas sociais. Mas, ao mesmo tempo, o financiamento de programas não foi feito de uma forma progressiva. O 1% mais rico não foi demandado para esses programas financeiros na extensão de sua riqueza. A classe média contribuiu muito e o 1% ficou intocável", destaca Chancel. 

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