Brasil tem aumento de 50% nos registros de mulheres com superdotação, segundo entidade global!
De acordo com a Mensa Brasil, associação que reúne pessoas com altas capacidades intelectuais no País, o número de membros femininos saltou de 815 em 2024 para 1216 este ano

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O número de mulheres superdotadas cadastradas na Associação Mensa Brasil, entidade que reúne pessoas com altas capacidades intelectuais no País e representante oficial da Mensa Internacional, principal organização de alto QI do mundo, cresceu praticamente 50% nos últimos 12 meses.
Com um total de 3,9 mil membros ativos, o volume de associadas do sexo feminino - entre adultas e crianças - saltou de 815 em 2024 para 1216 em 2025, um aumento de 401 novas integrantes. Atualmente, o Brasil ocupa a oitava posição no ranking mundial da Mensa Internacional, principal organização de alto QI do planeta.
Hoje, as mulheres representam 36% do público ativo na Mensa Brasil. Em 2020, esse percentual era de apenas 18%. “Com uma gestão mais efetiva de testagem pela associação e procura crescente das mulheres por autoconhecimento - que inclui a busca por laudos técnicos de superdotação/altas habilidades-, a participação feminina tem aumentado de forma contínua. Chegamos a 30% em 2024 e agora a 36%, patamar que tende a crescer ainda mais”, comenta João Hallage, diretor de expansão da Mensa Brasil.
Na prática, a participação de mulheres - tanto em testagem quanto em envio de laudos - dobrou nos últimos oito anos. “Nossa perspectiva é que, em pouco tempo, teremos uma quantidade superior de mulheres na nossa entidade”, afirma Cadu Fonseca, presidente da Mensa Brasil.
A associação identificou cerca de 6 mil indivíduos com superdotação/altas habilidades no Brasil. Globalmente, a Mensa Internacional ultrapassou 159 mil membros em 90 países.
Apesar do avanço, a entidade ressalta que o Brasil ainda carece de políticas públicas consistentes de identificação e atendimento educacional a pessoas com altas habilidades/superdotação, conforme previsto na Constituição Federal. Segundo dados do Censo Escolar de 2024 divulgado pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), há aproximadamente 44 mil alunos superdotados matriculados nas redes de ensino do país.
Estudos estimam, no entanto, que os superdotados representam cerca de 5% da população brasileira, o que equivaleria a 10,7 milhões de indivíduos. “Conhecer os superdotados brasileiros ainda é um desafio enorme. Com base nesses números, fica evidente a lacuna entre o que é estimado e o que é efetivamente identificado. Há mais de 2,8 mil municípios sem nenhum registro de alunos com altas habilidades em idade escolar.”, aponta Fonseca. “Nosso trabalho é contribuir para evidenciar essa população e incentivar políticas públicas que garantam seu reconhecimento e desenvolvimento.”, acrescenta

