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Brasileiros entram para o Guinness após reimplantar casco de jabuti em 3D

Animal teve o casco destruído em incêndio em uma área de Cerrado

Por Da Redação
Às

Brasileiros entram para o Guinness após reimplantar casco de jabuti em 3D

Foto: Reprodução

Uma equipe brasileira de especialistas responsável por reconstruir e implantar um casco em três dimensões, recorrendo ao chamado sistema 3D, em uma jabota (fêmea de jabuti) entrou para o Guinness World Records de 2022. O designer Cícero Moraes, um dos integrantes do grupo de voluntários, contou que foi um projeto de reconstrução com muitos desafios técnicos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para a reconstrução do casco foi empregada, segundo o especialista, a técnica conhecida como fotogrametria, também bastante utilizada por arqueólogos e adaptada para reconstruir crânios, cenas de crimes e até para construções arquitetônicas. Batizada de Freddie, a jabota teve o casco destruído em um incêndio em uma área de Cerrado, região de Brasília. No acidente, o animal perdeu 85% da carapaça e, posteriormente, ficou sem os 15% restantes. Encontrada por um casal na beira da estrada, Freddie foi levada até dois irmãos veterinários, Rodrigo e Mateus Rabelo, que trabalham com animais silvestres. 

Ao chegar, seu corpo já estava sendo devorado por larvas de moscas. No processo de recuperação ela sofreu duas crises de pneumonia e ainda ficou 45 dias sem comer. Para construir a prótese, Moraes recebeu diversas fotografias para fazer a chamada volumetria da jabota. Logo depois, ele recorreu a um amigo que tem um jabuti saudável de estimação e o usou como parâmetro. Foi fotografada detalhadamente toda a estrutura do animal e a volumetria foi inteiramente remodelada a partir dessas fotos.

Segundo Moraes, dois dos momentos mais difíceis e complexos em todo esse processo foram a medição da prótese, em quatro partes, e, em seguida, a impressão em 3D. “Na medição, a gente nunca tinha feito isso e não podíamos errar”, recorda o designer. Com relação à impressão, “não necessariamente pela forma do modelo, apenas, mas pelo tempo gasto em cada uma das impressões”, disse.

As peças maiores levaram 50 horas para serem impressas cada uma. As menores um pouco menos, entre 28 e 35 horas. As impressões foram feitas pelos cirurgiões dentistas Paulo Miamoto e Paulo Esteves, que limparam e prepararam as peças para que fosse feita a cirurgia posteriormente.

Moraes explicou ainda que a prova concreta de que “tudo tinha dado certo” foi quando a jabota voltou da anestesia. “O primeiro movimento foi de se esconder no casco”. Ao final, ele menciona a etapa artística de toda a operação: “Tivemos a ajuda de um engenheiro, Yuri Caldeira, que também é artista plástico e mora em Brasília”. Caldeira propôs a pintar o casco da Freddie e se dedicou, nos detalhes, a criar uma pintura realística a base de tinta acrílica.


 

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