Brumadinho: 13 funcionários da Vale são indiciados pela tragédia
Mais de sete meses após o desastre, 21 pessoas seguem desaparecidas e 249 mortes foram confirmadas

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Barragem de Brumadinho aprovou seu relatório final, na tarde desta quinta-feira (12), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte. O documento pediu o indiciamento pelo crime de homicídio multiplicado de 13 funcionários da Vale e da TÜV SÜD.
Além disso, o relatório nomeia responsáveis pela tragédia da Vale e ainda faz mais de uma centena de recomendações a órgãos públicos para evitar eventuais novos desastres na mineração. O documento pede ainda que as empresas sejam responsabilizadas civilmente.
Foi pedido o indiciamento de:
Makoto Namba (TÜV SÜD) - engenheiro
André Yassuda (TÜV SÜD) - engenheiro
Fábio Schvartsman (Vale) - então diretor-presidente
Gerd Peter Poppinga (Vale) - diretor-executivo de Ferrosos e Carvão
Silmar Magalhães Silva (Vale) - diretor de Operações do Corredor Sudeste
Lúcio Flávio Gallon Cavalli (Vale) - diretor de Planejamento e Desenvolvimento de Ferrosos e Carvão
Rodrigo Artur Gomes de Melo (Vale) - gerente executivo do Complexo Paraopeba
Joaquim Pedro de Toledo (Vale) - gerente executivo de Planejamento e Programação do Corredor Sudeste
Alexandre de Paula Campanha (Vale) - gerente executivo de Governança da Geotecnia Corporativa
Renzo Albieri Guimarães Carvalho (Vale) - gerente de Geotecnia, vinculado à Gerência Executiva de Planejamento e Programação do Corredor Sudeste
Marilene Christina Oliveira Lopes de Assis Araujo (Vale) - gerente de Gestão de Estruturas Geotécnicas
Cristina Heloiza da Silva Malheiros (Vale) - engenheira geotécnica vinculada à Gerência de Geotecnia, Responsável Técnica pela barragem B1
César Augusto Paulino Grandchamp (Vale) - geólogo vinculado à Gerência Executiva de Planejamento e Programação do Corredor Sudeste
Relembre o caso
A barragem da Mina do Córrego do Feijão se rompeu no dia 25 de janeiro. Mais de sete meses após o desastre, 21 pessoas seguem desaparecidas e 249 mortes foram confirmadas. Entre as mais de 100 recomendações do relatório, estão o acompanhamento sistemático dos desdobramentos do trabalho, a priorização de projeto de lei sobre atingidos por barragens e a busca de corpos ainda não localizados.
Cobrança para reparação
Segundo a ALMG, para garantir que as famílias das vítimas e os municípios afetados sejam reparados, será proposta a criação de uma instância na casa para acompanhar o cumprimento das diversas recomendações contidas no relatório.