Bruno: O "majestade" da miséria! E nem é "de mentira"!
Foto: Montagem / Secom
Apesar de hoje ser o "Dia da Mentira" a semana que passou mostrou uma verdade dolorosa para a população soteropolitana. Absolutamente NADA superou a desilusão de ver Salvador pessimamente pontuada na pesquisa do Mapa da Desigualdade e ser coroada como a PIOR capital do Brasil para se viver! Os índices de pobreza, desnutrição, desemprego e homicídios de pessoas jovens na capital baiana, são os maiores entre as 26 capitais pesquisadas pelo Instituto Cidades Sustentáveis e desvenda uma sofrida Salvador encoberta pela alardeada "alegria" do povo e pela tão divulgada "competência" de seus gestores municipais.
Saber que a linha da pobreza na capital baiana supera mais de 11% da população mostra que o descaso com o povo pobre não começou agora e que os investimentos para que este seja um fato consumado, há tempo não são destinados para este fim.
Em evento discreto e sem muita imprensa, o prefeito da cidade mais "gongada" do país tocou no assunto, falando de números de fevereiro de 2024 ( ?) sendo que a pesquisa foi feita em 2021. Bruno Reis acabou não justificando nada com coisa alguma e não indicando o que está sendo feito - de verdade - para reverter este quadro desolador. Se realmente houvessem políticas de geração de emprego, renda e investimentos sociais adequados desde o começo da gestão ACMNeto, certamente Salvador não estaria passando esta vergonha e nem deixando a população com uma sensação de abandono do que realmente importa ante ao interesse político de manter o mesmo grupo no poder.
A pesquisa mostra uma realidade escondida e até difícil de acreditar diante do festival de propagandas positivas - tanto dos 8 anos de gestão de ACMNeto - quanto dos já 4 anos de Bruno Reis. Só se vê " notícia boa" mostrando uma "Salvador imaginária", que o prefeito teve a cara dura de dizer que - mesmo com suas crianças passando fome - "deve ser exemplo para o resto do país."
A confirmação de que as crianças soteropolitanas estão indicadas como as mais desnutridas entre as capitais do país, já deveria ser - por si só - um dado imoral e inaceitável diante de tantas festas onde se pagam milhões a artistas e de onde, o retorno que se alega ter com elas, não pode ser "visto" em investimento social e real que mude um parâmetro vergonhoso como este... Simplesmente porque estas crianças não terão como reverter o quadro negativo que a falta de alimentos trarão para suas vidas. E nem é só sobre o trauma da "dor da fome", mas, também, os prejuízos que a falta do mínimo de alimentação causará na cognição e nas dificuldades de aprendizados trazidas pela falta de nutrientes e já consideradas irreversíveis pela ciência quando ocorridas por longo tempo.
Os números mostrados pela pesquisa do ICS faz querer saber: além dos milhões gastos nas obras, viadutos e serviços - que a mídia nacional afirma ser direcionada a empresas "amigas do poder" - onde será que estão sendo feitos os gastos em investimentos sociais necessários para mudar esse triste e lamentável quadro?
Será que com tantas pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, o prefeito estaria sendo "generoso" construindo viadutos para que o povo - que durante os últimos 12 anos (8 Neto + 4 Bruno) não tiveram investimentos para melhoria de vida - possa morar embaixo deles?
Vai que "Brunildo" está "pensando na frente" e nós, "os limitados", não estamos conseguindo acompanhar tanta "competência"...
Vamos olhar os viadutos com mais "carinho" e "pensar o melhor" porque a propaganda...
Ah, a propaganda tem que ser sempre boa!
Carvalhada 1: Dia da mentira #SQN
Inaugurar campo de grama sintética em pleno sábado de Aleluia para só aí falar de um assunto tão sério como é o resultado desta pesquisa, é a cara do 1° de abril... Só que foi em março.
Carvalhada 2: Mobilidade e fome
Obvio que o investimento em mobilidade urbana é imprescindível, mas deixar crianças passarem fome e estarem no mapa da desnutrição, é INACEITÁVEL.
Até porque, com o preço altíssimo da tarifa de ônibus mais cara do nordeste - a de Salvador, para quem não sabe é - o povo, que precisa gastar em transporte público, não deve ter muita "sobra" para uma boa alimentação...