Butantan faz entrega direta de 2,5 milhões de doses da Coronavac a 5 estados
Imunizantes foram entregues no Ceará, Espírito Santo, Pará, Piauí e Mato Grosso
O Instituto Butantan realizou nesta quarta-feira (22) a primeira entrega direta da vacina Coronavac contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, em cinco estados. O lote com 2,5 milhões de doses foi entregue ao Ceará, Espírito Santo, Pará, Piauí e Mato Grosso. Na semana passada, o Butantan concluiu a entrega de 100 milhões de doses ao Ministério da Saúde.
A vacina do Butantan foi a primeira aplicada no Brasil, no dia 17 de janeiro. De acordo com dados do Ministério da Saúde, mais de 94 milhões de doses já foram distribuídas. Além disso, mais de 33% da população imunizada recebeu a Coronavac. Atualmente, esse é o segundo imunizante mais usado no país, ficando atrás somente da AstraZeneca. O anúncio da entrega foi feito nesta quarta (22), durante uma coletiva no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. O evento contou com a presença do governador de São Paulo, João Doria, e dos governadores Wellington Dias (PI), Camilo Santana (CE), Renato Casagrande (ES), e de Helder Barbalho (PA). Na ocasião, eles reclamaram da falta de doses.
"O Programa Nacional de Imunizações [PNI] tem uma defasagem com vários estados, é o caso do meu [Piauí]. Nós temos muita gente que precisa tomar a primeira e segunda doses", disse o governador Wellington Dias. Na semana passada, o Ministério da Saúde, suspendeu a aplicação de vacina em adolescentes e alertou a estados para cumprirem o PNI. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse, na ocasião, que "não faltavam doses", mas que as unidades federativas precisavam seguir o cronograma nacional.
Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou no início da semana o recolhimento de 12,1 milhão de doses da Coronavac que foram colocadas em quarentena. O problema apontado pelo órgão é que os imunizantes foram fabricados em uma planta na China que não foi inspecionada.
“Os lotes objetos da interdição não correspondem ao produto aprovado pela Anvisa nos termos da Autorização Temporária de Uso Emergencial (AUE) da vacina Coronavac. Isso porque esses lotes foram fabricados em local não aprovado pela instituição e, conforme informado pelo próprio Instituto Butantan, nunca inspecionado por autoridade com sistema regulatório equivalente ao da Agência”, diz uma nota enviada à imprensa.
