Café Literário abre espaço para debater linguagem cinematográfica, com Aldri Anunciação e Fanny Oliveira!
Aos detalhes...

Foto: Filmart Média
O ator, roteirista e apresentador de TV Aldri Anunciação e a educadora, cineasta e fotógrafa Fanny Oliveira foram os convidados do painel Câmeras, ideias, ação, realizado na tarde deste domingo (13), no Café Literário da Bienal do Livro Bahia. Os convidados falaram sobre os caminhos percorridos pelo cinema baiano, dos anos 1960 até os dias atuais, e da relação entre a literatura e o audiovisual.
De acordo com Aldri, tanto os cineastas baianos dos 1960 quanto os contemporâneos, sobretudo da cidade de Cachoeira, são marcados por uma “subversão positiva” que influencia bastante a sua maneira de escrever.
Ainda segundo Aldri, é muito íntima a relação entre cinema e literatura, uma vez que todo filme, antes de ser filmado, foi escrito na forma de roteiro. “Antes de virar filme, há um intermédio da palavra escrita, que é uma forma de literatura”, disse.
Em contrapartida, ele disse também que todo livro é um filme criado na cabeça do leitor. Aldri citou como exemplo a cidade de Macondo, cenário do romance Cem anos de anos de solidão, de Gabriel García Márquez. “Cada leitor cria na sua cabeça uma Macondo diferente”.
Para Fanny Oliveira, pensar em imagens significa trabalhar a construção de uma sociedade, mas também da identidade. Ela relata que na contação de histórias, sobretudo por aquelas pessoas mais antigas, é possível enxergar a relação direta que existe entre a literatura e as imagens.
“A minha avó foi a melhor contadora de história que eu já conheci. Ela conta a história de São Thomé de Paripe porque quando olho para cada pedacinho daquele lugar eu vejo a minha avó”, descreveu Fanny.