Câmara aprova Código Eleitoral com novas regras para transparência e fiscalização de partidos
Texto proíbe divulgação de pesquisas eleitorais na véspera e no dia do pleito

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O texto principal do Código Eleitoral com regras que diminuem a transparência e enfraquecem a fiscalização de partidos foi aprovado na quinta-feira (9) na Câmara dos Deputados. O projeto impõe a censura ao proibir a divulgação de pesquisas eleitorais na véspera e no dia do pleito.
Os levantamentos apontaram tendências de crescimento e queda de candidatos nas últimas eleições. Casos como a vitória do governador Wilson Witzel (PSC), da virada de João Campos (PSB) sobre Marília Arraes (PT), no Recife, e a arrancada final de Romeu Zema para o governo de Minas Gerais foram apontados pelas pesquisas, como sinal da mudança no jogo eleitoral.
Um dia antes do segundo turno das eleições municipais, a pesquisa da Datafolha mostrou um empate no Recife entre João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT), com 50%. Os dois concorriam à prefeitura da capital pernambucana. Durante toda a campanha, Marília esteve na frente do primo socialistas, mas na reta final da campanha, os institutos começaram a mostrar um recuo da candidata e o avanço de João Campos. O que levou os levantamentos a registrarem a mudança no cenário eleitoral da cidade, que culminou com a virada e eleição de Campos.
Um outro exemplo é o agora ex-governador do Rio, Wilson Witzel, que passou toda a campanha com índices baixos de intenção de voto abaixo dos 5%. No entanto, no final do pleito Witzel apareceu com 17% das intenções de voto, empatado com Romário (Podemos), na pesquisa Datafolha de sábado. O levantamento na véspera da eleição mostrou o crescimento exponencial de Witzel, confirmado nas urnas.