Câmara do Chile autoriza abertura de impeachment contra Sebastián Piñera
Parlamentares reuniram os 78 votos necessários para que a acusação avance ao Senado

Foto: Reprodução/Agência Brasil
A Câmara dos Deputados do Chile acatou nesta terça-feira (9), após um debate, o pedido de impeachment contra o presidente Sebastián Piñera por denúncias sobre venda da mineradora Dominga nas Ilhas Virgens, um paraíso fiscal, revelada no escândalo 'Pandora Papers'.
Os parlamentares reuniram os 78 votos necessários para que a acusação que busca o impeachment do presidente do Chile avance ao Senado.
Durante a defesa no plenário, o advogado de Piñera, Jorge Gálvez, solicitou: "Eu peço, ilustres deputados e deputadas, que rejeitem esta injusta e improcedente acusação constitucional”.
A acusação constitucional, como é conhecido no Chile este recurso que busca o afastamento do presidente Piñera, que está no final de seu segundo mandato, iniciado em março de 2018, foi exposta na primeira semana de outubro pela oposição socialista e de esquerda ao governo.
A operação ocorreu em 2010, quando Piñera ainda estava em seu primeiro mandato como presidente. Hoje, a acusação contra o presidente caminha para o Senado, que aturará como júri para estabelecer o futuro de Piñera, apesar de não ter os votos necessários para a destituição e sua inabilitação pelo resto da vida para assumir cargos públicos.