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Câncer de mama em jovens cresce e são mais agressivos, afirma especialista

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Câncer de mama em jovens cresce e são mais agressivos, afirma especialista

Segundo INCA, o número de mulheres com menos de 35 anos com a doença subiu de 2% para 5%

Por Stephanie Ferreira
Câncer de mama em jovens cresce e são mais agressivos, afirma especialista
Foto: Reprodução

Nos últimos dois anos, cresceu de 2% para 5% o número de mulheres com menos de 35 anos de idade acometidas pelo Câncer de Mama no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Os tumores em jovens são ainda mais agressivos, de acordo com a mastologista Anna Pola Gatto.  

Para a médica, o avanço da tecnologia tem contribuído para a detecção precoce e mais precisa da doença. “A gente não tinha uns exames tão sofisticados como temos hoje para o diagnóstico, então é provável que muitas pessoas, muitas mulheres, tenham falecido sem ter feito, inclusive, o diagnóstico. Hoje, temos na medicina, equipamentos modernos, de grande sensibilidade que ajudam na investigação.”

Porém fatores externos também impulsionam o aumento da doença em pessoas cada vez mais novas. “O estresse, o sedentarismo, a alimentação. Estamos consumindo alimentos muitas vezes cancerígenos, cheio de produtos químicos, aditivos. Além do álcool e do fumo, tem uma série de coisas que podem potencializar o desenvolvimento do câncer.” 

Ainda de acordo com Gatto, os tumores em jovens tendem a ser mais severos. “Eles são mais graves do que aqueles diagnosticados em mulheres com mais idade, ou seja, mulheres com mais de 70 anos, por exemplo, tem cânceres menos agressivos do que as jovens. O que é normal, porque quanto menos idade, as células se produzem numa maior velocidade.”

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que 70% da população feminina a partir dos 40 anos realize a mamografia – exame utilizado para identificar alterações nas mamas. No Brasil, a faixa etária rastreada está restrita ao grupo entre 50 e 69 anos. Porém, Anna ressalta que pode ser realizado antes. “Pacientes com queixas ou com histórico familiar para câncer, mesmo que não seja de mama, deve iniciar a partir dos 35 anos de idade.”

Além da mamografia, outros exames devem ser feitos com frequência como forma de prevenção e a consulta com o especialista deve ser regularmente. “Antes de isto, ela deve fazer a ultrassonografia das mamas e das axilas pelo menos uma vez ao ano. Inclusive, nós recomendamos para aquelas que têm algum nódulo na mama, que tenham uma frequência maior de consulta com o mastologista, o ideal passa a ser de 6 em 6 meses.”

Câncer de mama 

O Câncer de Mama é o tipo mais comum, depois do câncer de pele e o que causa mais mortes por câncer em mulheres – foram registrados 17.825 óbitos em 2020, no Brasil. Apenas neste ano, estima-se que haja 66.280 novos casos da doença. Homens também podem sofrer com o tumor, mas é raro, apenas 1% dos casos. 

A mastologista Anna Pola Gatto ressalta que o câncer de mama não dói, por isso, é importante que as mulheres estejam atentas aos alguns sintomas que podem ser visíveis como: retração da pele no seio, inversão do mamilo, secreção. Além disso, a médica reforça a importância do exame de toque. “Ela pode notar alguma área mais endurecida ou um aspecto diferente também na pele, similar a uma casca de laranja. Além de encontrar nas axilas mais endurecidos, mais fixos. Ou seja, elas não têm mobilidade”. 

Após o diagnóstico da doença, o médico discutirá com a paciente as opções de tratamento que podem variar de acordo com cada situação. “Hoje, temos a possibilidade de individualizar o tratamento de acordo com o tipo histológico, com o grau nuclear. E a gente vai então avaliar esse conjunto de informações e vamos indicar que terapia essa paciente vai precisar realizar”, concluiu. 

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