Cármen Lúcia defende que as mulheres não são são invisíveis, mas, sim, ‘invisibilizadas’

Ministra participou de seminário do TSE sobre presença de mulheres na política

[Cármen Lúcia defende que as mulheres não são são invisíveis, mas, sim, ‘invisibilizadas’]

FOTO: Rosinei Coutinho/STF

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, disse nesta segunda-feira (18), durante um seminário promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que as mulheres ainda são vítimas de preconceito no Brasil e acabam se afastando do espaço político. No evento "Mais mulheres na política - sem violência de gênero", a ministra disse, ainda, que a figura feminina não é invisível, mas, sim, invisibilizada. 

Ainda no discurso, ela afirmou ser preciso garantir igualdade e defendeu a participação das mulheres nos poderes e nos órgãos públicos. "No Poder Judiciário, temos tribunais ainda compostos apenas de homens. Nós não somos invisíveis, nós somos invisibilizadas pelos que não nos querem ver", disse a ministra.

Na sequência, a ex-presidente do TSE afirmou que as mulheres, embora tenham direitos iguais, são "permanentemente silenciadas". "Somos também silenciadas, nós não somos uma minoria silenciosa em direitos. Em direitos, nós somos iguais, na efetividade dos direitos é que somos permanentemente silenciadas historicamente. E o que o espaço de poder dá voz e vez às mulheres que não podem sofrer uma violência cívica", declarou.

Cármen Lúcia comparou as punições previstas nas leis que penalizam a violência psicológica contra a mulher e os maus-tratos de animais. "Este ano, no mês internacional da mulher, foi introduzida no Código Penal brasileiro a figura da violência emocional contra as mulheres. A pena mínima é de 6 meses a 2 anos. Ou seja, a mínima para maus tratos de cães e gatos é a máxima quando for mulher", disse. "Legalmente, eu estou abaixo de cachorro".
 


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