Carne vermelha fica 10% mais cara em 2021 e frango em pedaços registra inflação de 30%
Pescados são as únicas proteínas alternativas com variação inferior à das carnes vermelhas, aponta IBGE

Foto: Fábio Bueno/ Pexels
Consumir carne em 2021 foi um verdadeiro desafio para os brasileiros, já que a proteína atingiu 9,98% no acumulado do ano. Até mesmo as possíveis substitutas, as aves e os ovos, não ficaram para trás na alta dos preços e disparou no acumulado do ano, somando 24,8%.
Os dados foram apresentados nesta semana pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15), que aponta para uma inflação de 10,4% no acumulado dos últimos 12 meses, a maior alta anual desde 2015.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o corte do filé-mignon impulsionou a alta, acumulando +25,23%, juntamente com o peito (+15,11%).
O preço da alcatra, do patinho, da picanha e do contrafilé tem variações que superam os 14%. Na sequência, aparecem a pá, o chã de dentro, o músculo, o cupim, a carne de carneiro e o lagarto comum, todos com altas maiores que 12% desde janeiro.
A costela (+9,97%), o fígado (+9,25%), o acém (+8,64%) e o lagarto redondo (+6,82%) apesar de também sofrerem alta, a variação é inferior à variação total das carnes no acumulado dos últimos 12 meses.
Entretanto, diante das inúmeras inflações no período, os cortes da capa de filé e da carne de porco tiveram deflação, respectivamente, de 4,03% e 5,4%.
Proteínas substitutas
Entre as proteínas consideradas substitutas das carnes vermelhas, estão as aves e os ovos, as carnes e peixes industrializados, com variações de +24,82% e +12,44%, respectivamente, durante o acumulado do ano. Neste mesmo período, o frango inteiro saltou 20,11%, enquanto a opção em pedaços disparou 31,93%.
Outra alternativa proteica são os ovos que ficaram 13,77% mais caros no último ano. Os pescados, por sua vez, têm uma variação de 6,45% no período e podem ser uma boa opção para o bolso.
Ainda que só o caranguejo (-0,41%) tenha apresentado variação negativa de preço no ano, a corvina (+0,68), a anchova (+1,66%), o camarão (+3,4%), o cação (+5,31%) e a merluza (+7%) são exemplos de proteínas com variação inferior à apresentada pelas carnes.


