Caso do avião da FAB com 39kg de cocaína teve associação criminosa, diz PF

Um novo relatório da Polícia Federal (PF), divulgado pela GloboNews, concluiu que o caso envolvendo o transporte de 39 kilos de cocaína por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) contou com participação criminosa. Em 2019, o sargento Manoel Silva Rodrigues foi preso em flagrante ao desembarcar do avião que continha a droga. De acordo com o documento, ele estaria envolvido em uma esquema com outros militares da FAB, como Jorge Luiz da Cruz Silva, suspeito de recrutar mulas para a quadrilha.

Ainda de acordo com a PF, a apuração encontrou alguns obstáculos, como o sumiço da esposa de Rodrigues, Wilkelane Nonato e, consequentemente, de uma celular com diversas mensagens com a quadrilha, além de R$ 40 mil. A falta de cooperação internacional também foi um problema, visto que a justiça espanhola não enviou algumas mensagens trocadas entre o sargento e a organização criminosa.

Na ocasião, Rodrigues fazia parte da comitiva do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Europa e, em maio deste ano, foi expulso da FAB. À PF, um informante afirmou que militares traficaram drogas através do avião da FAB trinta vezes, mesmo depois da prisão de Manoel.

Relembre o caso

Em junho de 2019, o sargento Manoel Silva Rodrigues, da Força Aérea Brasileira (FAB), desembarcava em Sevilha, na Espanha, quando foi preso em flagrante. No avião, 39 kilos de cocaína foram encontrados, em um carregamento avaliado em R$ 6,4 milhões. A partir das investigações do Ministério Público Militar, descobriu-se um grande esquema de tráfico internacional de drogas envolvendo militares da FAB. Mesmo após a prisão de Rodrigues, os crimes continuaram acontecendo.