Caso INSS: Ministro de Lula se encontra com entidade suspeita e omite agenda, diz site
Paulo Teixeira se reuniu com entidade alvo da PF por descontos ilegais em aposentadorias do INSS

Foto: Ricardo Stuckert/PR
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (PT), se reuniu com representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) na última quarta-feira (7). A entidade é investigada pela Polícia Federal (PF) por descontos ilegais em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A informação foi divulgada pela coluna de Tácio Lorran do site Metrópoles.
No entanto, o encontro foi omitido da agenda do ministro, que não divulgou nas redes sociais.
A Contag — ligada ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) — é a associação com o maior volume de descontos dos beneficiários do INSS. Apesar da confederação ser alvo de mandado de busca e apreensão na Operação Sem Desconto, a entidade foi poupada do pedido de bloqueio de recursos da Advocacia-Geral da União (AGU).
Outros integrantes do governo do presidente Lula (PT) compareceram à reunião. Confira os nomes abaixo:
• Ex-coordenadora do MST e secretária-executiva da Secretaria-Geral da Presidência da República, Kelli Mafort;
• Secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Fernanda Machiaveli;
• Ex-deputado estadual do Rio Grande do Sul e presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto;
• Presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), César Aldrighi.
A reunião também não constou nas redes sociais do MDA. Apenas a própria Contag divulgou o evento.
O que ocorreu na reunião?
A diretoria da Contag esteve com Paulo Teixeira para entregar a pauta de reivindicações do Grito da Terra Brasil 2025.
"O documento reflete o compromisso da Confederação com a inclusão produtiva e práticas sustentáveis de baixo carbono na agricultura familiar; transição agroecológica; política nacional de reforma agrária; crédito fundiário; desenvolvimento rural; infraestrutura e inclusão digital; relações internacionais; direitos humanos; políticas sociais e sujeitos do campo", escreveu a entidade nas redes sociais.