Caso Marielle Franco: julgamento de Ronnie Lessa em júri popular é mantido após STJ rejeitar recurso
O policial militar é investigado pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018

Foto: Reprodução
Um recurso do policial militar reformado Ronnie Lessa, réu pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018, foi rejeitado com unanimidade pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (TSJ), nesta terça-feira (10).
Os advogados do policial buscavam a absolvição sumária de Lessa ou, ainda, derrubar a decisão da Justiça do Rio que mandou o PM a julgamento por júri popular.
A decisão confirma a posição do relator do caso no STJ, ministro Rogério Schietti, que já havia rejeitado o recurso de Ronnie Lessa em decisão individual no mês de março. Na ocasião, o ministro considerou que a sentença de pronúncia apresentou elementos concretos tanto para negar a absolvição sumária quanto para submeter Lessa ao tribunal do júri.
No despacho confirmado pela Sexta Turma, Schietti lista uma série de elementos apontados pela Justiça do Rio para rejeitar a absolvição sumária e manter o júri popular, através do monitoramento feito pelos réus de locais e endereços que Marielle costumava atuar e frequentar.
Para o ministro, a defesa buscou no STJ “verdadeiro julgamento, mediante a análise e a valoração subjetiva das provas técnicas e oral, o que deve se dar na fase do Júri Popular”.
Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), como realizadores do assassinato de Marielle e de Anderson. A partir da ação, os ex-PMs, presos em penitenciárias federais fora do RJ, vão a júri popular, ainda não marcado.
O MP informou ainda que investiga a suposta participação de Lessa em outros assassinatos no estado do Rio.