Caso MoÏse: morte está sendo usada para provocar reação, afirma embaixador brasileiro no Congo
André Luiz Azevedo Dos Santos visitou o Ministério das Relações Exteriores do país

Foto: Reprodução
A repercussão da morte de Moïse Mugenyi Kabagambe, linchado por três homens - que estão presos - em um quiosque na Barra da Tijuca chegou à República Democrática do Congo, país natal do jovem de 24 anos. Com isso, na última quinta-feira (3), embaixador brasileiro no país congolês visitou Ministério das Relações Exteriores do Congo e se reuniu com autoridades do país.
No encontro, Azevedo afirmou que o caso brutal está sendo usado para provocar uma reação dos brasileiros contra a violência. "Infelizmente, nós temos no Brasil uma situação de violência muito grave. Eu penso que essa tragédia é utilizada um pouco para provocar uma reação da sociedade brasileira, uma reação mais forte contra a violência", afirmou o embaixador, em francês, um dos idiomas oficiais do Congo.
Entenda o caso
O jovem Moïse Mugenyi, de 24 anos, foi morto por três homens em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ele foi ao local para cobrar R$ 200 que não haviam sido pago, por duas diárias de trabalho. No entanto, três homens espancaram o congolês até a morte.
Um deles usava um taco de beisebol para agredir Moïse, outro amarrou as pernas e mãos do jovem com uma corda, que também passou pelo seu pescoço. Ao chegar ao Instituto Médico Legal, Moïse foi constatado que a causa se deu por traumatismo do tórax, com contusão pulmonar, causados pelo linchamento.
Os três suspeitos tiveram prisão preventiva decretada. A Polícia investiga a motivação do crime.