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Casos de chikungunya aumentam 78% em 2022 e incidência sobe a partir de janeiro, aponta Ministério da Saúde

Em 2022, o Brasil registrou 174.517 casos prováveis da doença

Por Da Redação
Às

Casos de chikungunya aumentam 78% em 2022 e incidência sobe a partir de janeiro, aponta Ministério da Saúde

Foto: Reprodução

De acordo com o primeiro Boletim Epidemiológico de 2023 do Ministério da Saúde, em 2022, o Brasil registrou 174.517 casos prováveis de chikungunya, com uma taxa de incidência de 81,8 casos a cada 100 mil habitantes. Esse indicador representa um aumento de 78,9% na comparação com 2021, e de 32,4% na comparação com o número registrado em 2019.

O crescimento na quantidade de casos é divulgado no mesmo momento em que os centros de pesquisa parceiros do Butantan buscam voluntários e voluntárias de 12 a 15 anos para o ensaio clínico de fase 3 de uma vacina contra a doença. Dados das fases anteriores mostraram que o imunizante é seguro e altamente eficaz, com soroconversão próxima a 100%.

Até o momento, foram confirmadas 94 mortes causadas pelo vírus chikungunya no Brasil em 2022, com 15 óbitos ainda em investigação. A maioria das mortes (39) ocorreu no Ceará, que concentra 41,5% do total. A maior incidência da doença aconteceu entre a 5ª e a 35ª semana epidemiológica, ou seja, entre janeiro e agosto.

Os municípios que apresentaram os maiores registros de casos prováveis de chikungunya em 2022 ficam todos no Nordeste: Fortaleza (CE), com 20.453 casos; Maceió (AL), com 5.984 casos; Brejo Santo (CE), com 3.663 casos; Crato (CE), com 3.384 casos; Juazeiro do Norte (CE), com 3.063 casos; Teresina (PI), com 2.979 casos; e João Pessoa (PB), com 2.952 casos.

Algumas dessas cidades, especialmente as localizadas no Ceará, registram taxa de incidência consideravelmente superior à média nacional: Brejo Santo teve uma média de 7.297,5 casos a cada 100 mil habitantes; Crato, de 2.527 casos a cada 100 mil habitantes; e Juazeiro do Norte, de 1.100,8 casos a cada 100 mil habitantes.

Vacina

A fase 1/2 do estudo clínico do imunizante foi iniciada em março de 2018 nos Estados Unidos com 120 homens saudáveis de 18 a 45 anos que não haviam tido infecção natural pelo vírus. 

Após 14 dias da aplicação da dose única, houve 100% de soroconversão, e os anticorpos foram mantidos mesmo depois de um ano. Não foi registrado nenhum evento adverso grave relacionado à vacinação até um ano após a aplicação.

Já a fase 3 do estudo clínico em adultos começou em setembro de 2020 com 4.115 pessoas maiores de 18 anos em 44 locais dos Estados Unidos. Os dados parciais mostraram que a vacina foi bem tolerada e se mostrou segura. 

Os resultados preliminares mostraram segurança e taxa de soroconversão e soroproteção de 98,9% até 28 dias após a imunização, sendo que os níveis de anticorpos neutralizantes se mantiveram elevados em 96,3% dos voluntários ao longo de 6 meses.

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