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Casos de poluição e incêndios florestais crescem na Bahia, aponta relatório

Segundo o estudo, a maioria das infrações é contra a flora e afeta povos tradicionais

Por Da Redação
Ás

Casos de poluição e incêndios florestais crescem na Bahia, aponta relatório

Foto: Divulgação/CBMBA

A Bahia registrou aumento nos casos de poluição ambiental e incêndios florestais nos últimos anos. Segundo o relatório Além da Floresta: Conflitos Socioambientais e Desertos de Informação, da Rede de Observatórios da Segurança, os crimes relacionados ao descarte e à manutenção de substâncias perigosas cresceram 42% entre 2023 e 2024, passando de 19 para 27 registros. Já os incêndios subiram de 870, em 2022, para 1.155 em 2024, uma alta de 32,7%.

O estudo considera crimes de poluição as práticas de “produzir e/ou manter substância tóxica perigosa ao meio ambiente” e “abandonar substância tóxica perigosa ao meio ambiente”. A Rede solicitou dados sobre crimes ambientais, conflitos fundiários e delitos contra populações e povos tradicionais junto a secretarias de segurança e órgãos públicos, mas não obteve informações detalhadas, como os tipos de substâncias utilizadas nos crimes.

A pesquisa também destaca a fragilidade das bases de dados oficiais, muitas vezes limitadas a registros policiais. Devido à variedade nas classificações criminais e à dificuldade de comparação entre elas, os delitos foram agrupados em cinco categorias: crimes contra a fauna, contra a flora, crimes de poluição, exploração mineral e outros. O levantamento engloba dados dos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo.

Na Bahia, os crimes contra a flora foram os mais frequentes entre 2022 e 2024. Entre as categorias de crimes ambientes, os incêndios somaram 3.238 registros no período, com aumento de 32,76% nos últimos dois anos. Em março de 2025, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) identificou 771 focos ativos de incêndio no estado. Na ocasião, um incêndio de grandes proporções atingiu a região do Morro do Pai Inácio, no Parque Nacional da Chapada Diamantina, em Palmeiras.

Outras infrações contra a flora também se destacam no relatório, como desmatamento em áreas de preservação permanente, corte ilegal de árvores e destruição de florestas nativas ou plantadas em terras públicas. Essas categorias somaram 885 casos nos últimos três anos.

O estudo também aponta crescimento nos crimes contra indígenas no campo dos conflitos socioambientais. O número saltou de 138, em 2022, para 228 em 2024, o que representa um aumento de 65%. As principais infrações são ameaças, lesão corporal dolosa, injúria e difamação. Os dados chamam atenção no ano em que o Brasil sediará a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30).

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