Cátia Fonseca revela os desafios de lidar com a busca excessiva por controle!
Renata Fornari, especialista em autoconhecimento, analisa os padrões de responsabilidade assumidos desde a infância e como eles moldam a vida adulta

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Em entrevista recente, Cátia Fonseca se descreveu como intensa: “Tudo para mim é intenso. Tanto que é mais fácil lidar com a razão do que com a emoção. Eu trato muito disso na terapia, porque prefiro ter as rédeas da vida nas minhas mãos, o tal do controle, do que lidar com minha fragilidade emocional”.
A apresentadora relembra momentos difíceis da infância: “Sou a filha mais velha de quatro. Minha mãe passou por situações complicadas, meu pai nos abandonou quando eu tinha 9 anos e minha irmã dois. Minha mãe precisava trabalhar e eu acabava cuidando dos meus irmãos. Tinha que ser um pouco mãe e pai ao mesmo tempo. Precisava mostrar para minha mãe que eu era forte. Mas isso eu carrego até hoje. Arrepia, porque dói”.
Mesmo ao refletir sobre sua vida adulta, Cátia reconhece os desafios de lidar com sentimentos: “Fui mãe muito cedo e cresci junto com meus filhos. Até hoje, algumas emoções são difíceis de enfrentar. Mas aprendi que o tempo que preciso para lidar com elas é meu. Isso é libertador hoje, mas foi muito difícil chegar até aqui”.
Para a especialista em autoconhecimento e autoamor Renata Fornari, esse padrão de comportamento tem explicação: “Muitas mulheres, filhas mais velhas ou não, carregam desde cedo um papel de responsabilidade que nunca foi delas. Aprendem a cuidar antes mesmo de serem cuidadas. E aí nasce uma das armaduras emocionais mais pesadas: a da Controladora”.
Renata explica que essa postura se manifesta de formas concretas: “Por trás da filha sempre disponível, que resolve, antecipa e não pode falhar, existe uma menina que acreditou que só teria valor se desse conta de tudo. Brincar era perigoso, descansar era inaceitável e, se ela não cuidasse, tudo desmoronaria”.
A especialista alerta para o preço alto dessa hiperresponsabilidade: “Essa mulher vive em alerta constante, tentando controlar tudo para não reviver o caos da infância. O custo disso é ansiedade, solidão e exaustão”.
Segundo Renata, a transformação começa com o ressignificado dessa postura: “Controlar não é sinônimo de segurança. É peso, é prisão. A cura começa quando você entende que não precisa ser necessária para ser amada. Soltar não é abandonar, é confiar. Essa é a travessia da Controladora: desaprender o papel de ‘salvadora’ e aprender a ser mulher inteira. Não a filha perfeita, mas a dona de si”.
Abordar temas como responsabilidade excessiva e dificuldade em lidar com emoções é fundamental para abrir espaço para reflexões sobre saúde mental e autoconhecimento. Ao compartilhar sua experiência e revelar que trabalha essas questões, Cátia Fonseca dá um exemplo valioso de coragem e autocuidado, mostrando que reconhecer nossas fragilidades e buscar ajuda é um passo essencial para viver de forma mais leve e