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‘Cemitério’ de mamutes com mais de 200 mil anos é encontrado na Inglaterra

Arqueólogos também encontraram ferramentas de pedra feitas por Neandertais, como um machado de mão e raspadores

Por Da Redação
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‘Cemitério’ de mamutes com mais de 200 mil anos é encontrado na Inglaterra

Foto: Divulgação/ DigVentures

Pesquisadores encontraram um gigantesco 'cemitério' de mamutes em uma pedreira em Swindon, uma cidade no sudoeste da Inglaterra. Ao lado dos ossos, que estão ali provavelmente desde a última era glacial, segundo arqueólogos, havia também ferramentas de pedra feitas por Neandertais, incluindo um machado de mão e pequenas ferramentas de sílex conhecidas como raspadores, usadas para limpar peles de animais frescos.

“Encontrar ossos de mamute é sempre extraordinário, mas encontrar ossos tão antigos e bem preservados, e tão perto de ferramentas de pedra de Neandertal, é excepcional”, disse Lisa Westcott Wilkins, cofundadora da DigVentures, equipe arqueológica de crowdsourcing, no Reino Unido, responsável pela escavação.

Além dos restos mortais de mamutes, como presas, ossos da perna, costelas e vértebras pertencentes a uma espécie de ‘Mamute da Estepe’ – espécie extinta e a primeira a se adaptar ao clima temperado -, também foram achadas delicadas asas de besouro e frágeis conchas de caramujos de água doce.

Segundo informações da Live Science, os arqueólogos dataram o local entre 210 e 220 mil anos atrás, período próximo ao fim de uma era interglacial (temperaturas passam a ser mais quentes), quando os neandertais ainda viviam na região, mais especificamente na Grã-Bretanha.

As evidências pré-históricas encontradas anteriormente sugerem que os neandertais perseguiam mamutes e outros grandes paquidermes, indicando que o cemitério pode ser resultado de caçadas da época. Os pesquisadores ainda pretendem avaliar se os ossos possuem marcas das ferramentas também encontradas.

“As descobertas têm um valor enorme para a compreensão da ocupação humana da Grã-Bretanha, e as delicadas evidências ambientais recuperadas também nos ajudarão a entendê-la no contexto das mudanças climáticas do passado”, disse o chefe executivo da Historic England, Duncan Wilson, um órgão britânico de preservação. “Por meio dessas descobertas e da pesquisa que se seguirá, esperamos que mais luz seja lançada sobre a vida na Grã-Bretanha há 200.000 anos”, completou.

As descobertas foram divulgadas em um documentário da BBC, o “Attenborough and the Mammoth Graveyard”, que foi ao ar na última quinta-feira (30), na BBC One.

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