Cerca de 86% dos brasileiros seguem otimistas quanto ao futuro dos trabalhos após pandemia, aponta estudo
Número permaneceu praticamente estável

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Segundo pesquisa da ADP Research Institute, divulgada em agosto, mesmo após um ano de pandemia da Covid-19, 86% dos brasileiros seguem otimistas em relação ao futuro dos trabalhos deles. O número permaneceu praticamente estável, com recuo de apenas 3%.
A média global apresentou um recuo mais acentuado, passando de 92% para 86% o percentual de expectativa.
O estudo ouviu 32 mil trabalhadores em 17 países, de quatro continentes diferentes. O objetivo é de mapear quais foram os impactos que as mudanças provocadas pela pandemia da Covid-19 teve sobre os trabalhadores, como eles lidaram com estas alterações impostos pelo vírus e as perspectivas sobre os próximos cinco anos.
Segundo a pesquisa, embora 86% dos profissionais ainda mostrem otimismo a respeito dos próximos cinco anos no local de trabalho, esse número é menor do que os 92% da pesquisa anterior. Isso se deve ao fato de 28% relatarem ter perdido o emprego, temporária ou permanentemente, ou recebido dispensa temporária parcialmente remunerada.
Cerca de 23% dos trabalhadores relataram ter recebido um corte na remuneração.
Os jovens foram os que relataram ter sofrido mais consequências da pandemia na vida profissional, 78% dos trabalhadores entre 18 e 24 anos, afirmam sentir que a vida profissional foi afetadas e 39% relatam que perderam o emprego, foram dispensados ou sofreram uma dispensa temporária de seu empregador. Como resultado, o otimismo entre a Geração Z caiu de 93% para 83%, muito mais do que qualquer outra geração.
A vice-presidente de Recursos Humanos da ADP na América Latina, Mariane Guerra, afirma que as aceleradas mudanças tecnológicas também impactaram no mercado de trabalho, além das peculiaridades regionais.
Outros fatores como 'condições do local de trabalho’, ‘Remuneração e desempenho’, ‘Mobilidade no trabalho’ e ‘Gênero e família’ também foram avaliados na pesquisa do ADP Research Institute.