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Chacina: Justiça condena travesti a mais de 60 anos de prisão por mortes de motoristas por aplicativo em Salvador

Amanda foi a júri popular na quarta (19) por crime executado em 2019

Por Da Redação
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Chacina: Justiça condena travesti a mais de 60 anos de prisão por mortes de motoristas por aplicativo em Salvador

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) condenou na quarta-feira (19) Benjamim Franco da Silva Santos, a travesti Amanda, a 63 anos e oito meses de prisão, pela chacina que vitimou quatro motoristas de aplicativo no ano de 2019, em Salvador.  Ela foi a júri popular no Fórum Ruy Barbosa, localizado no Campo da Pólvora, na capital baiana. 

Amanda é a única suspeita viva e está presa desde então. Após a decisão da juíza Andrea Teixeira Lima Sarmento Netto, ela responderá pelos homicídios de Alisson Silva Damasceno dos Santos, Daniel Santos da Silva, Genivaldo da Silva Félix e Sávio da Silva Dias. Além disso, a travesti também passou a responder por uma tentativa de homicídio de um motorista no dia 13 de dezembro de 2019, na localidade conhecida como "Paz e Vida", na entrada do bairro Jardim Santo Inácio.

Relembre o caso

O crime foi cometido no dia 13 de dezembro de 2019, na localidade de Santo Inácio, no bairro de Mata Escura, em Salvador. Na época, a Polícia Militar da Bahia encontrou quatro corpos com sinais de tortura dentro de sacos plásticos em um matagal. O crime ganhou repercussão nacional, principalmente por conta dos requintes de crueldade aplicados contra os motoristas das plataformas “Uber” e “99”.

O Instituto Médico Legal (IML) identificou as vítimas da chacina como: Alisson Silva Damasceno dos Santos, de 27 anos, Sávio da Silva Dias, de 23 anos, Daniel Santos da Silva, de 31 anos, e Genivaldo da Silva Félix, de 48 anos. Um quinto motorista, identificado como Nivaldo dos Santos Vieira, foi atender a uma chamada no local, chegou a ser rendido pelos assassinos, mas conseguiu fugir. 

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Já os suspeitos identificados pela polícia são:

-Jefferson Palmeira Soares Santos, conhecido como "Jel" e apontado como mandante do crime. Ele foi encontrado morto dois dias depois do crime;
-Antônio Carlos Santos de Carvalho, de 19 anos, apontado por envolvimento. Ele morreu em confronto com policiais no mesmo dia do crime;
-Marcos Moura de Jesus, de 30 anos, apontado por envolvimento. Ele morreu em confronto com policiais no mesmo dia do crime;
-Amanda: única viva e condenada pelo crime.

Em janeiro de 2020, a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público (MP-BA) por homicídios qualificados, por motivo torpe, meio cruel e sem possibilidade de defesa das vítimas, além de roubo qualificado. 

Investigações

De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, Amanda disse à polícia que o objetivo do grupo era roubar os veículos das vítimas. Ela ajudou a acionar as vítimas, através dos aplicativos.

No entanto, o depoimento dela contrariou a versão divulgada pelo então governador da Bahia, Rui Costa, de que os assassinatos teriam sido ordenados por um traficante, após motoristas de aplicativo negarem corrida à mãe dela. "A hipótese de vingança foi descartada. Eles não queriam matar porque um motorista negou socorro à mãe de um deles. O objetivo era roubar dinheiro e os carros", explicou o delegado Odair Carneiro, responsável pelo caso, na época.

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