Chanceler diz que Irã vai obedecer acordo nuclear quando Estados Unidos suspenderem sanções
Americanos realizaram gestos de reaproximação na última quinta-feira (18)

Foto: Reprodução/Money Times
O Irã anunciou nesta sexta-feira (19) que “reverterá imediatamente” as ações relacionadas ao seu programa nuclear que violam os termos do acordo de 2015 quando as sanções dos Estados Unidos forem suspensas, segundo reiterou o ministro das Relações Exteriores do país persa. Um dia antes, o governo de Joe Biden anunciou estar disposto a iniciar negociações diretas sobre a volta dos Estados Unidos ao acordo, que o então presidente Donald Trump abandonou em 2018. No entanto, o governo americano insistiu em que o Irã volte a cumprir integralmente o pacto antes de suspender as sanções contra Teerã impostas por Trump, prolongando o cabo de guerra com o país que pede justamente que as concessões aconteçam em ordem oposta.
Na quinta-feira (18), os Estados Unidos fizeram mais dois gestos vistos como acenos diplomáticos ao Irã: primeiro, reverteram uma posição no Conselho de Segurança que considerava novamente válidas as sanções da Organizações das Nações Unidas (ONU) contra o Teerã revogadas após o acordo nuclear, posição que foi rejeitada na época pelos demais membros do Conselho. No segundo gesto, Washington suspendeu restrições de viagem impostas a diplomatas iranianos que trabalham na sede das Nações Unidas, em Nova York.
Pelo plano de 2015, conhecido pela sigla JCPOA (Plano de Ação Conjunto Global, em inglês), o Irã se compromete a limitar suas atividades nucleares, em troca do fim de sanções e acesso aos mercados internacionais. O plano foi abandonado em 2018, e substituído pela política de “pressão máxima”, que se assemelha a um bloqueio econômico. Com isso, o Irã reagiu com a violação de parte dos seus compromissos, elevando o grau de enriquecimento de urânio e intensificando atividades de pesquisa.