Chanel prevê que o setor de luxo seja impactado por mais tempo do que imaginamos

A Maison resolveu se pronunciar sobre a atual realidade do mercado

Por Michel Telles
Ás

Chanel prevê que o setor de luxo seja impactado por mais tempo do que imaginamos

Os consumidores de luxo não estão mais vendo o coronavírus como uma ameaça existencial para a economia global, mas sim como uma ameaça pessoal, que está causando um distanciamento social. O confinamento está fazendo com que as pessoas tenham uma outra percepção da necessidade de um produto ou serviço de luxo.

O instituto Altagamma fez uma pesquisa em fevereiro de 2020 com executivos da indústria do luxo que preveem que a pandemia do Covid-19 pode diminuir as vendas entre 30 e 40 bilhões de euros, levando a indústria do luxo a níveis nunca vistos desde 2015. A Burberry está em uma situação critica, pois segundo a JP Morgan, 39% do seu estoque são vendidos para consumidores chineses (das 64 lojas na China, 24 foram fechadas).  

Chanel anunciou que prevê que o setor de luxo seja impactado por mais tempo do que imaginamos.

“Prevemos que o ambiente externo continuará impactando negativamente o setor de luxo pelos próximos 18 a 24 meses”, afirmou Philippe Blondiaux, CFO da Chanel, em entrevista à Reuters. 

Esse impacto acontecerá mesmo com a grande recuperação das vendas na China, com algumas semanas ultrapassando os 100%, após a reabertura do comércio. Quase 85% das lojas físicas da grife pelo mundo já estão abertas novamente. 

“Esse desempenho muito forte com a clientela local será insuficiente para compensar a ausência de negócios internacionais, a ausência de visitantes internacionais e o fato de que nossos negócios isentos de impostos ainda estão em grande parte fechados”, afirmou Blondiaux.

Dentre as decisões da marcas, estão o aumento do preço dos artigos em couro e a redução do investimento em publicidade e promoções, além da diminuição da produção. Tempos difíceis!

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