Cidades mineradoras do MG se destacam com ofertas de empregos e recorde de arrecadação
Alta do dólar impulsionou o orçamento dos municípios

Foto: Reprodução/G1
De acordo com o prefeito de Itabirito, na Região Central de Minas Gerais, Orlando Caldeira (Cidadania), a cidade abriu quatro mil vagas em 2020, em meio à crise ocasionada pela pandemia do novo coronavírus. O município tem pouco mais de 52 mil pessoas, segundo as estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), enquanto o país teve uma variação positiva na criação de empregos de 2,18%, Itabarito apresentou índice de 16,70%.
Tanto essa quanto outras cidades mineradoras de Minas Gerais têm acolhido bons frutos do aumento no preço do minério de ferro e da alta do dólar.
Em abril deste ano, a tonelada da commodity com teor de 62% de ferro avançou 4,3%, alcançando US$ 189,61, o maior nível desde fevereiro de 2011. No acumulado de 2021, os ganhos chegam a 18,2%. O preço do minério com 65% de pureza avançou US$ 6,50, para US$ 222,80 por tonelada.
"Nós tivemos um aumento de 90% na Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem) em 2020, em relação a 2019", disse o prefeito de Itabirito ao G1.
Para este ano, o aumento continua. Segundo a Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (Amig), a Cfem de Minas Gerais acumulou R$ 392,1 milhões, no 1º trimestre de 2020. No mesmo período deste ano, houve um salto para R$ 881,3 milhões.