Cientista russo que trabalhava em vacina contra a covid-19 é encontrado morto

O cientista russo Alexander Kagansky, de 45 anos, ligado a uma equipa escocesa que procurava desenvolver uma vacina contra a covid-19, foi encontrado morto em São Petersburgo, vítima de esfaqueamento.

As autoridades suspeitam que o cientista tenha caído no último sábado (19) da janela do 16º andar de um prédio, após uma briga. O Comité de Investigação da Rússia informou que deteve um suspeito não identificado de 45 anos para investigar um possível assassinato.

Segundo o site de notícias russo Fontanka, o cientista tinha visitado um antigo colega de escola no dia da sua morte. A polícia acredita que houve uma "luta" antas da queda de Kagansky, segundo um relatório, que referiu que foi aberto um processo criminal por homicídio após a descoberta do corpo "com sinais de uma morte violenta".

O suspeito negou ter esfaqueado o cientista e acabou solto nesta segunda-feira, 48 horas depois da detenção, mas deverá passar por um teste no detector de mentiras.

O site The Moscow Times informou que Kagansky trabalhava numa equipa da Universidade de Edimburgo, na Escócia, em investigações sobre uma vacina para a Covid-19. Antes tinha feito vários estudos na área da oncologia no Instituto Nacional do Cancro dos Estados Unidos, em Maryland.

A Universidade Federal do Extremo Oriente, na Rússia, onde Kagansky liderou o Centro de Medicina Genómica e Regenerativa, disse que lamenta a morte de um influente cientista cujos trabalhos foram publicados regularmente nas principais revistas científicas do mundo.

A morte deste cientista não é caso isolado, uma vez que este ano já houve seis outros casos de russos a cair de janelas de hospitais.

Cinco das vítimas estavam recebendo tratamento para combater a covid-19, enquanto a outra era um médico que se queixou da falta de equipamentos de proteção individual.

Outro médico caiu de uma janela de hospital, mas sobreviveu e está sendo tratado num hospital devido a ferimentos na cabeça.