Cientistas americanos afirmam ter visto pela primeira vez a colisão de duas estrelas
Descoberta foi relatada em um estudo publicado nesta semana em um jornal cientifico

Foto: Reprodução/Olhar Digital
Pesquisadores da universidade americana de Northwestern, no estado do Illinois, acreditam ter registrado, pela primeira vez, o nascimento de um magnetar, formado a partir da colisão de duas estrelas de nêutrons. O primeiro sinal do evento foi captado por astrônomos em 22 de maio, quando uma explosão de raios gama muito mais intensa do que o normal e sem origem definida foi observada pelo telescópio espacial Hubble e pelo observatório flutuante Neil Gehrels Swift.
Em um estudo publicado nesta semana na revista científica The Astrophysical Journal, os autores argumentam que a origem dessa explosão de raios gama foi o choque de duas estrelas de nêutrons a 5,47 bilhões de anos-luz da Terra. A fusão deixou em seu lugar uma kilonova, que em seguida deu lugar a um magnetar (uma espécie de estrela "morta" super magnética).
São coautores do estudo os astrônomos do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian. Além dos telescópios Hubble e Swift, foram utilizados observatórios de várias partes do mundo para coletar informações sobre o fenômeno, como o Very Large Array, no estado americano do Novo México e o Observatório W. M. Keck, no Havaí.
A descoberta joga luz sobre um fenômeno difícil de ser observado a partir da Terra e traz mais informações sobre como funciona o nosso universo, segundo os autores do estudo. "Achamos que a maioria dos magnetares é formada na morte explosiva de estrelas massivas, deixando para trás essas estrelas de nêutrons altamente magnetizadas", explicou Wen-fai Fong, pesquisadora da Universidade Northwestern e autora do estudo que analisa o fenômeno.