Cientistas estudam vírus primitivo que pode causar mortes nos pacientes com a Covid-19
Estudo acompanhou 25 pessoas em situação crítica, e que necessitaram de ventilação mecânica

Foto: Reprodução Agência Brasil
Um vírus primitivo, que já se encontra presente nos humanos há milhares de anos, por causa do coronavírus pode estar se ativando. Esse vírus provoca o aumento de mortes em pacientes graves com a doença.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) faz essa hipótese, e estuda compreender por que alguns pacientes graves submetidos à ventilação mecânica conseguem deixar a UTI, e outros não sobrevivem ao novo coronavírus.
A presença do retrovírus endógeno humano da família K (HERV-K) está associada não só ao agravamento da doença como também à mortalidade precoce, informa pesquisa.
O estudo acompanhou 25 pessoas em situação crítica, e que necessitaram de ventilação mecânica. Com idade média de 57 anos. Todas estavam internadas no Instituto D’Or e no Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer. As pesquisas aconteceram de março a dezembro de 2020.
O coordenador do estudo foi Thiago Moreno, do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz). “Verificamos o viroma de uma população com uma altíssima gravidade, em que a taxa de mortalidade chega a 80% para ver se algum outro vírus estava coinfectando esse paciente que está debilitado, imunossuprimido. A nossa surpresa foi encontrar esses altos níveis de retrovírus endógeno K. É o tipo de pesquisa que parte de uma abordagem completa não enviesada. Isso dá muita força, muita credibilidade ao achado”, explicou o cientista.
A Universidade Federal de Juiz de Fora, Universidade Federal do Rio de Janeiro, do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer e da empresa MGI Tech e a Fiocruz, fazem parte dessa pesquisa.


