Cultura
Ação pode ter ocasionado efeitos duradouros que vão além da estética
FOTO: Reprodução/Pixabay
Um estudo, publicado na revista Nature Communications, mostra que mestres das artes como Leonardo da Vinci e Sandro Botticelli podem ter usado proteínas, especialmente gema de ovo, em suas pinturas a óleo. Segundo os cientistas, o fato de adicionar um pouco de gema de ovo às obras pode ter ocasionado efeitos duradouros que vão além da estética. A informação é da CNN.
“Há muito poucas fontes escritas sobre isso e nenhum trabalho científico foi feito antes para investigar o assunto com tanta profundidade”, disse a autora do estudo Ophélie Ranquet, do Instituto de Engenharia de Processos Mecânicos e Mecânica do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe, em entrevista à reportagem.
“Nossos resultados mostram que, mesmo com uma quantidade muito pequena de gema de ovo, é possível obter uma incrível mudança de propriedades na tinta a óleo, demonstrando como isso pode ter sido benéfico para os artistas”, completou.
Criação de tinta
Como fazer tinta era um processo artesanal e experimental, é possível que os velhos mestres tenham acrescentado gema de ovo, um ingrediente familiar, no processo de criação. No estudo, os pesquisadores recriaram o processo de fabricação de tintas usando quatro ingredientes – gema de ovo, água destilada, óleo de linhaça e pigmento – para misturar duas cores historicamente populares e significativas, branco chumbo e azul ultramarino.
“A adição de gema de ovo é benéfica porque pode ajustar as propriedades dessas tintas de maneira drástica”, disse Ranquet, “por exemplo, mostrando o envelhecimento de maneira diferente: leva mais tempo para a tinta oxidar, por causa dos antioxidantes contidos na gema”.
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