Com a pandemia, Brasil tem mais desempregados do que empregados
Desemprego no país subiu de 11,6%, em fevereiro, para 12,9%, em maio
A pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, gerou desempregos em massa no Brasil. No trimestre do ano, quando a crise se agravou no país, entre março e maio, 7,8 milhões de pessoas entraram para as estatísticas do desemprego, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), que ainda informou que, pela primeira vez, mais da metade da população brasileira com idade de trabalhar não tem nenhuma ocupação.
Atualmente, o Brasil registra mais pessoas fora do mercado e desempregado, um total de 87,7 milhões, do que trabalhando 85,9 milhões. Essa é considerada a menor série histórica da Pnad Contínua.
As demissões em massa tiveram recordes em oito dos dez grupos de atividades econômicas, a exemplo da indústria, construção, serviços domésticos e alojamento e alimentação. Só no comércio, foram dispensados quase 2 milhões de trabalhadores. Ainda entre esses, os mais afetados foram os trabalhadores informais, quase 5,8 milhões de pessoas que perderam sua ocupação em meio à pandemia.
Com o desemprego, a taxa no país também subiu de 11,6 no trimestre encerrado em fevereiro, período anterior da pandemia, para 12,9% no trimestre terminado em maio, quando a crise sanitária derrubou a economia.