Com agravamento na América do Sul, mundo ultrapassa 3 milhões de mortes por Covid-19
Situação no Brasil foi crucial para que região passasse a registrar mais mortes que a Europa

Foto: Reprodução/Olhar Digital
O mundo chegou neste sábado (17) à marca de 3 milhões de mortes provocadas pela Covid-19, em meio à piora da pandemia na América do Sul, especialmente por causa do Brasil e da aceleração no número de óbitos na Ásia. Em três meses, o mundo registrou 1 milhão de mortes. Em média, foram registrados 12 mil mortos por dia em todo o planeta na última semana, aproximando-se as 14.500 mortes diárias do final de janeiro, tido como o pico da pandemia.
Além disso, cerca de 140 milhões de casos foram contabilizados no mundo desde o início da crise sanitária - atualmente, são 730 mil por dia, número em constante alta desde o fim de fevereiro. Com 5,5% da população mundial, a América do Sul concentra cerca de um terço das novas vítimas do novo coronavírus atualmente.
O Brasil tem cerca de 2,7% dos habitantes do mundo e é responsável por cerca de um quarto de todas as novas mortes. A Europa é a região mais afetada pela pandemia, com quase um milhão de mortes por Covid-19, seguida pela América do Norte e América do Sul. Segundo os números do "Our World in Data", projeto ligado à Universidade de Oxford e a Universidade Johns Hopkins.
No ranking dos dez países com mais número de mortes pelo coronavírus, 5 são do continente europeu (Reino Unido, Itália, França, Alemanha e Espanha), 2 são da América do Norte (EUA e México), 2 são da Ásia (Índia e Rússia) e 1 é da América do Sul (Brasil):
- Estados Unidos: 566 mil
- Brasil: 368 mil
- México: 211 mil
- Índia: 175 mil
- Reino Unido: 127 mil
- Itália: 116 mil
- Rússia: 103 mil
- França: 100 mil
- Alemanha: 79 mil
- Espanha: 76 mil
Com a escalada da pandemia no Brasil, a região concentra atualmente cerca de um terço das novas vítimas da Covid-19 do mundo e o país, um quarto. Sendo que a América do Sul tem apenas 5,5% da população mundial e o Brasil, cerca de 2,7%. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que é o braço da OMS nas Américas, alertou que a situação da pandemia na América do Sul é a que mais preocupa no mundo.
"Variantes altamente transmissíveis estão se espalhando e as medidas de distanciamento social não são tão estritamente observadas como antes", afirmou na última quarta-feira (14) a diretora-geral da Opas, Carissa Etienne, ao falar que as Américas (não somente a do Sul) não estão se comportando como um continente que vive um surto cada vez mais grave.