Com alta da Selic, juros de crédito imobiliário sobem em bancos públicos
Os privados sinalizam que ao longo dos próximos meses podem ocorrer reajustes nas tarifas

Foto: Reprodução/R7
Os bancos públicos precisaram aumentar as tarifas cobradas para financiamento imobiliário, desde setembro, por conta da taxa básica de juros em 7,75% ao ano e em tendência de alta. Os privados sinalizam que ao longo dos próximos meses podem ocorrer reajustes nas tarifas.
É esperado que o custo do crédito para a aquisição de imóveis volte a ficar mais caro a partir de 2022, já que as taxas devem voltar ao patamar de dois dígitos.
A Caixa Econômica Federal (CEF), que lidera o segmento, cresceu as taxas do crédito tradicional (pré-fixado). As tarifas foram de 7% ao ano mais TR em setembro para 7,25% ao ano mais TR atualmente. Na linha ligada à poupança, os juros diminuíram em outubro e permanecem a partir de 2,95% ao ano, somadas à remuneração da caderneta.
Em relação ao reajuste na linha pré-fixada, a Caixa disse que "a definição das taxas de juros se baseia na análise da associação de fatores mercadológicos e conjunturais dentro das regras prudenciais de definição das condições do crédito".
O Banco do Brasil confirmou ter repassado um aumento de, em média, 0,4 ponto percentual ao ano às taxas de financiamento imobiliário em outubro. Com esse reajuste, o crédito tradicional passou de 6,55% ao ano mais TR em setembro para 7,58% ao ano.
"Não há previsão para novos reajustes, que só se justificam na hipótese das variáveis que compõem os preços se alterarem ou que se verifique condição de mercado", disse.


