Após o MEC anunciar no mês de maio um bloqueio de recursos, a Ufba decidiu nesta quarta-feira (10), a redução de 12,38% dos valores previstos no contrato destinado a serviços de limpeza. O que equivale a diminuição de aproximadamente 1,08 milhão. 

O vínculo de prestação de serviços de limpeza com a empresa que atende a Universidade expirou na terça-feira (9), e havia previsão de que ele fosse renovado por um período de seis meses, mas já com a redução da verba prevista.

A redução na área da limpeza não é a única medida anunciada pela Ufba. A universidade já tinha divulgado que no período do recesso do semestre letivo, entre 8 de julho à 2 de agosto, funcionamento em horário especial, justamente com intuito de economizar com custos principalmente com água e energia elétrica.

A respeito da redução de verba na área da limpeza, a UFBA disse que a diminuição afetará também outros serviços. A limpeza das áreas internas dos campi será mantida, entretanto, a limpeza das áreas externas será reduzida.

Nove unidades da área de saúde foram cobertas pelo contrato, e diante dos riscos de contaminação, não podem ter a limpeza diminuída. Estão na lista:

O Instituto de Ciências da Saúde
Faculdade de Odontologia
Hospital de Medicina Veterinária
Faculdade de Farmácia
Faculdade de Medicina da Bahia
Escola de Enfermagem
Escola de Nutrição
Instituo de Saúde Coletiva, em Salvador
Instituto Multidisciplinar em Saúde, localizado em Vitória da Conquista

Ao reduzir o tamanho da área física que deve ser limpa, a Ufba disse que irá tentar evitar sobrecarga para os trabalhadores. 

Porque dos cortes?

O Ministério da Educação (MEC) anunciou o bloqueio de R$ 37,3 milhões das verbas da Universidade Federal da Bahia (Ufba). A decisão foi tomada pelo ministro da educação, Abraham Weintraub, com intenção de cortar recursos de universidades federais do país, ainda em abril deste ano. Em maio, a Ufba atualizou que o bloqueio passava dos R$ 55 milhões.

O corte de investimento nas instituições federais no Brasil causou polêmica no Brasil. Abraham Weintraub afirmou que a redução aconteceria nas federais que apresentassem desempenho acadêmico fora do esperado e promovesse "balbúrdia".

No início, estavam na lista a Universidade Federal da Bahia (Ufba), Universidade de Brasília (Unb) e a Universidade Federal Fluminense (Uff). Contudo, o governo anunciou que a decisão valeria para todas as universidades e institutos federais.