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Com desvalorização do dólar, Real lidera ganhos entre moedas de países emergentes

Especialista ressalta que controle da pandemia e dos gastos públicos serão fundamentais em 2021

Por Da Redação
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Com desvalorização do dólar, Real lidera ganhos entre moedas de países emergentes

Foto: Reprodução/Suno Research

A desvalorização do dólar desde o começo de novembro tem rendido benefícios entre as moedas de países emergentes. Entre elas, o real se tornou a divisa que mais ajudada. Depois de bater R$ 5,99 no auge da pandemia, em maio, o dólar ostentou um patamar alto até outubro, quando bateu R$ 5,73. Ao fim do mês passado, a moeda caiu para R$ 5,20 e hoje está em R$ 5,11. Um levantamento da Infinox Capital, formadora de mercado futuro atrelada à B3, apontou que a valorização do real frente ao dólar foi 10,30% entre outubro e novembro. 

Segundo o responsável por novos negócios na divisão de trading, Victor Hugo Cotoski, há um movimento favorável às moedas emergentes. “Os investidores utilizaram essas moedas nos ativos de riscos, o que confirma o aumento do apetite de risco por países emergentes, como o Brasil”, explica. O enfraquecimento do dólar está relacionado à disposição dos investidores internacionais em assumir mais riscos diante da iminência da vacinação. Com isso, as commodities e moedas dos países emergentes relacionadas a elas ganham espaço na carteira de investimentos.  

Para 2021, entretanto, o cenário é incerto. A vacinação e a contenção da pandemia serão decisivas para criar um ambiente mais estável e aumentar o apetite dos investidores por risco. Cotoski afirma que a saúde fiscal do Brasil também deve pesar. “A gente pode ter uma surpresa de risco fiscal em janeiro e o mesmo volume ser tirado em dois ou três meses”, afirma. Ele relaciona o aumento do risco a eventuais mudanças na regra do teto de gastos para financiar a extensão do auxílio emergencial e outros gastos sociais.

Ainda que a política fiscal de contenção de gastos e o teto sejam mantidos, não há garantias em relação à manutenção da valorização da moeda brasileira, diz Cotoski. “Vai ter muita volatilidade em 2021 e pode, sim, o dólar voltar a níveis da máxima deste ano. Os ativos devem subir e descer com muita volatilidade, não só o real, mas as principais moedas emergentes.”

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