Com muita chuva e três pênaltis, Bahia arranca empate com o Independiente pela Sul-Americana

Tricolor desperdiça oportunidade de vencer no fim e assumir liderança do Grupo B

[Com muita chuva e três pênaltis, Bahia arranca empate com o Independiente pela Sul-Americana]

FOTO: Divulgação/Conmebol

Debaixo de muita chuva, o Bahia arrancou empate com o Independiente-ARG por 2 a 2, em confronto disputado na noite desta terça-feira (4), no estádio de Pituaçu, em Salvador, pela terceira rodada do Grupo B da Copa Sul-Americana. Com resultado, Tricolor permanece na segunda colocação, com cinco pontos somados, enquanto time argentino se isola na liderança, com sete pontos.

A primeira etapa foi de muito estudo entre as duas equipes, que tocaram bastante a bola, apesar da pouco objetividade em campo. Mediante a forte marcação de ambos os lados, a partida ficou truncada e as chances no jogo foram meramente ocasionais, mas mesmo assim as que aconteceram levaram perigo.

O Tricolor teve a primeira boa chance de marcar com um minuto de jogo. Rodriguinho bateu escanteio para dentro da área e Conti se antecipou a zaga argentina e testou para o gol, mas o goleiro Sosa conseguiu se esticar e evitar que a bola fosse para as redes. Na sequência da jogada, Daniel finalizou por cima da meta.

O Independiente mostrou que também estava atento no jogo. Aos seis minutos, Togni recebeu lançamento, Nino falhou na hora de cortar, o atacante dominou e bateu para o gol, exigindo uma boa defesa de Matheus Teixeira jogando a bola para escanteio.

Com 11 minutos de jogo, o Bahia perdeu Nino Paraíba para o jogo. O lateral-direito se machucou em lance de jogo, tentou ficar em campo, mas precisou ser substituído. Preocupante para a decisão da Copa do Nordeste no sábado (8). Renan Guedes entrou no lugar dele.

Aos 27 minutos, carregando a bola de forma pretensiosa para o ataque, Lucas Romero soltou um chutaço para o gol e assustou Matheus Teixeira, que esticou o braço, mas viu a bola passar por cima do gol.

Coube a Gilberto, aos 33 minutos, ter a melhor chance do jogo. Rodriguinho fez lançamento preciso para Thaciano, que entrou na área e cruzou para o meio da área achando o camisa nove, que bateu de primeira, mas o goleiro Sosa se esticou e conseguiu evitar o gol.

Rodriguinho voltou a criar outra boa oportunidade para Gilberto marcar aos 36 minutos. O meia deu bom lançamento para o atacante que finalizou para o gol, mas fraco, facilitando a defesa do goleiro Sosa, e desperdiçando a oportunidade de abrir o placar. Mal sabia o Tricolor que isso faria falta depois.

Aos 41 minutos, Velasco invadiu a área, pedalou para cima de Conti, driblou mas foi derrubado por Luiz Otávio. Pênalti assinalado, que o atacante Jonathan Herrera bateu no canto, e o goleiro Matheus Teixeira pulou para o outro canto. O placar estava inaugurado em Pituaçu.

Na volta para o intervalo, outro adversário tentou ser antagonista do Bahia no jogo: a chuva. Caiu bastante água em campo, o que tornou a partida mais lenta já que a bolsa parava bastante na poça d´água. Porém, o Tricolor era quem cometia erros mais cruciais.

Com cinco minutos do segundo tempo, Velasco foi tocado na área por Renan Guedes e caiu dentro da área. Mais um pênalti assinalado. O próprio Velasco foi para a cobrança e bateu no meio do gol, longe de qualquer possibilidade de defesa de Matheus Teixeira.

Com nove minutos, outra boa chegada perigosa em campo. Bustos recebeu cobrança curta de escanteio, levantou para dentro da área, Ostachuck subiu mais alto que Luiz Otávio, mas cabeceou por cima do gol.

Até então inofensivo na segunda etapa, o Bahia já diminuiu o placar na primeira chegada. Aos 11 minutos, Rodriguinho fez belo giro na marcação e soltou uma bomba para o gol, o goleiro Sosa tocou na bola, ela bateu na trave e sobrou nos pés de Thaciano que apenas empurrou para o gol vazio.

A bola na rede de Thaciano foi o que de melhor aconteceu em boa parte dos 45 minutos. Com o campo encharcado, a bola ficou parando com frequência nas poças de água e voltou a ficar truncado. Porém, o melhor ainda estava reservado para o final.

Aos 36 minutos, Alesson cobrou escanteio para dentro da área e Luiz Otávio subiu mais alto que toda defesa argentina e testou no cantinho, igualando o placar em Pituaçu.

E quem disse que o Bahia estava satisfeito apenas com o empate? Aos 37 minutos, após bate e rebate na área, Maycon Douglas tentou passar pelo goleiro, foi derrubado e o pênalti foi assinalado. Gilberto foi para a cobrança, mas bateu muito mal, praticamente recuando a bola para Sosa, que não teve dificuldade de defender. Era a oportunidade do Tricolor virar o jogo.

Apesar do Bahia pressionar até os minutos finais em busca da virada do placar, isso não chegou a ocorrer até o apito final do árbitro.

Análise do Bahia na partida

Muita garra para superar os erros individuais e desfalques importantes embasaram o roteiro do Bahia nesta noite. Após cometer dois pênaltis infantis no jogo, o Tricolor não se contentou com o placar e foi em busca do resultado, por mais que tivesse deixado a técnica de lado, principalmente por ter a ausência de dois jogadores importantes e de velocidade, como eram os casos de Nino e Rossi. O que também evidencia, a fragilidade do elenco, afinal, Daniel Guedes e Óscar Ruiz provaram não ser boas opções imediatas.

Vencer hoje era essencial para o Bahia. Fazer o dever de casa era preciso, por mais que pegasse o líder do Grupo. Agora, o Tricolor terá dois confrontos fora de casa para buscar a complicação. Impossível não é, afinal o time já provou ter capacidade para buscar resultados adversos, mas que ficou mais difícil isso ficou.   

Esse espírito que o Bahia teve no fim do jogo pode servir como fonte de inspiração para tentar reverter a final da Copa do Nordeste, mas também evidenciou como o Tricolor é uma equipe ainda carente de reforços e regularidade. O empate obtido foi na persistência e na superação. Contra equipes mais organizadas defensivamente e que contra-atacam com velocidade, o Bahia já provou ser uma equipe vulnerável. Ainda é cedo para tentar buscar novas peças para qualificar o elenco, mas isso precisa ser feito, e pra ontem.

                                                                                                                                                                                                                                                      

 


Comentários