Comerciante licenciada da barraca que desabou no Rio Vermelho disse que não foi informada sobre manutenção do espaço

A comerciante licenciada da barraca que desabou no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, disse nesta sexta-feira (27), em entrevista à TV Bahia, que nunca foi informada sobre a responsabilidade de manutenção do espaço. Contudo, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), que concedeu a licença do quiosque, informou que cabe ao permissionário a manutenção do equipamento licenciado, conforme decreto municipal.

"Nunca nenhum profissional da prefeitura nos procurou para falar sobre essa questão. Quantas vezes eu tive vontade de parar: 'Vamos pegar, chegar e cortar esse galho'. Porque a prefeitura não quer cortar e está criando problema para o quiosque", disse Orlanita Cruz.

A prefeitura disse que a manutenção das estruturas é de responsabilidade da construtora até 2023, mas não informou se há fiscalizações dos quiosques. O acidente ocorreu nas proximidades do Largo da Dinha, na noite da última quinta-feira (26).

De acordo com Orlanita, a filha dela e uma mulher que trabalhava no quiosque ficaram feridas no ocorrido, fizeram exames no Hospital Geral do Estado (HGE) e tiveram alta na madrugada desta sexta (27). Um homem em situação de rua e um cliente que estava comprando beiju também ficaram feridos e foram socorridos por equipes do Salvar. Eles foram levados para o HGE e já tiveram alta. O delegado Nilton Borba, que investiga o caso, informou que ainda não foi aberto inquérito para apurar a situação. Ele disse que vai pedir a realização da perícia do Departamento de Polícia Técnica (DPT) ainda nesta sexta.