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Companhias aéreas sofrem com falta de pilotos e estimam que até 2044 serão necessários mais de 600 mil profissionais para superar crise

Problema foi impulsionado por aumento de aposentadorias de pilotos durante a pandemia do covid-19, além de atrasos e suspensões de treinamentos dos novos profissionais

Por Da Redação
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Companhias aéreas sofrem com falta de pilotos e estimam que até 2044 serão necessários mais de 600 mil profissionais para superar crise

Foto: Daniel Basil/Gov Brasil/Wikipedia

Desde a pandemia do covid-19, companhias aéreas sofrem com uma escassez global de pilotos, segundo dados divulgados pela emissora internacional da Alemanha, Deutsche Welle. Entre os principais motivos dessa crise são citados o alto investimento para a formação, suspensão e atraso de treinamento de pilotos e aposentadoria dos mais experientes.

Segundo a matéria da emissora alemã, durante e após a pandemia de covid-19, o treinamento de pilotos foi suspenso em muitos países, enquanto as empresas aguardavam para ver como a pandemia afetaria o setor de viagens. Além disso, após a recuperação das movimentações das viagens aéreas, ainda existe um atraso nos treinamentos, e as escolas de voo têm dificuldades em formar novos profissionais.

A medida em que a formação de novos pilotos foi travada, pilotos experientes também passaram a se aposentar, impulsionados pela pandemia. O fenômeno atingiu principalmente os profissionais situados na América do Norte.

Segundo estimado pela fabricante de aeronaves Boeing, para superar a crise, seria necessária a contratação de 660 mil novos pilotos comerciais em todo o mundo até 2044.


Formação custa caro

Segundo divulgado por um relatório da Boeing, o alto investimento na formação profissional é um dos fatores que tornam a profissão menos procurada. Embora pilotos experientes possam ganhar muito, a jornada para se chegar até a cabine de comando é longa e cara.

No Brasil, a formação completa de um piloto comercial pode custar mais de R$ 400 mil, incluindo cursos teórico e prático, horas de voo e custos dos exames.


Aumento de salário estratégico

Entre as estratégias para atrair mais inscrições para o cargo é a de aumentar o salário dos pilotos. Além de salários-base mais altos, algumas companhias aéreas também oferecem bônus e outras vantagens para contratar e reter pilotos. Outras criam horários mais equilibrados entre vida pessoal e profissional para as tripulações. Todos esses custos, porém, aumentam o preço das passagens.

Apesar da adoção da estratégia, algumas empresas vão contra. Nesta semana, os pilotos da Lufthansa votaram a favor de uma greve após o fracasso das negociações sobre as contribuições previdenciárias. Até o momento nenhuma data para a paralisação foi anunciada.


Aumento de idade para aposentadoria compulsória também é considerada

Há duas décadas, pilotos de companhias aéreas internacionais eram obrigados a se aposentar aos 60 anos, segundo as regras estabelecidas pela Organização da Aviação Civil Internacional (OIAC).

Com os avanços na área da saúde, a idade de aposentadoria foi elevada em 2006 para 65 anos. Novos debates, motivados principalmente pela crise de pilotos, avaliam a possibilidade de aumentar a idade de aposentadoria para 67 anos.

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