Conab projeta safra de grãos 2021/22 em 265,7 milhões de toneladas
A companhia informou que, haverá um aumento de 4,3% na área destinada à plantação na safra indicada

Foto: Agência Brasil
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou na última quinta-feira (10), que a safra de grãos 2021/2022 deve alcançar 265,7 milhões de toneladas, um crescimento de 10 milhões de toneladas na comparação com o ciclo anterior. A estimativa faz parte do sexto levantamento da safra.
A Conab apontou que, na safra indicada, haverá um aumento de 4,3% na área destinada à plantação, estimada em 72,7 milhões de hectares. A companhia ainda relatou que o aumento na área plantada se deve à incorporação de 3 milhões de hectares, em sua maioria voltados para as plantações de soja e de milho.
Apesar da expectativa de alta na colheita, quando comparada ao mesmo período de 2020/21, há perda na produção de 0,9% sobre o volume divulgado em fevereiro, quando eram esperadas 268,2 milhões de toneladas. "A queda é reflexo da forte estiagem verificada, sobretudo, nos estados da Região Sul do país e no centro-sul de Mato Grosso do Sul", disse a companhia.
A Conab disse ainda, que as atenções estão voltadas para a colheita da safra da soja, que já ultrapassa 50%. A expectativa é que a produção alcance 122,76 milhões de toneladas.
Atualmente, a empresa estima que a área destinada ao milho já está em 74,8% semeada. O destaque vai para o estado de Mato Grosso com 94% plantado. A previsão é de um plantio em uma área aproximada de 16 milhões de hectares, o que representa um acréscimo de 6,7% à safra anterior.
A expectativa da Conab é que a produção total do cereal cresça 29%, podendo chegar a 112,3 milhões de toneladas. A Conab disse ainda que também há expectativa de crescimento para a safra do algodão.
Já a safra de feijão foi prejudicada parcialmente e vai apresentar perdas, em razão de "adversidades climáticas" especialmente no primeiro ciclo da cultura. No caso do arroz, a Conab prevê redução tanto na área cultivada quanto de produtividade.
A Conab ainda falou sobre a situação dos fertilizantes. De acordo com o estudo, atualmente a participação fica dentro de uma margem entre 30% a 40% nos custos variáveis, a depender da região produtora e do produto analisado.
A preocupação é que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia prejudique o fornecimento do insumo, aumentando o custo da produção e, consequentemente, os preços ao consumidor.