Confira os próximos passos após afastamento de Rogério Caboclo da presidência da CBF

Comissão de Ética se reunirá nesta segunda para tentar decidir futuro do presidente afastado

[Confira os próximos passos após afastamento de Rogério Caboclo da presidência da CBF]

FOTO: Lucas Figueiredo/CBF

Os membros do Conselho de Ética da CBF identificaram provas apresentadas contra o presidente da Confederação, Rogério Caboclo, como "suficientes" para decidir pelo afastamento dele do cargo. A reunião extraordinária feita por videoconferência na tarde do último domingo (6) foi agendada após uma série de denúncias e provas terem sido apresentadas ao Conselho na última sexta-feira (4).

Dentre as acusações de assédio moral e sexual se tornarem assuntos públicos e a decisão de afastar o presidente da CBF, as patrocinadoras Nike, Itaú, Unibanco e Vivo, se manifestaram publicamente sobre as investigações em curso. Nike e Itáu afirmaram estar "preocupadas" com as acusações e solicitaram rapidez. De acordo com a Vivo, as situações relatadas "não condizem com os valores da empresa":

As investigações contra Caboclo passarão obrigatoriamente por três etapas: a Câmara de Investigação, a Câmara de Julgamento e a avaliação da Assembleia Geral Administrativa. As Câmaras possuem composição de três membros cada, com mandatos de dois anos prorrogáveis por mais dois. Os procedimentos são conduzidos pelo presidente da Comissão de Ética, Carlos Renato de Azevedo Ferreira, ex-desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo.

A Câmara de Investigação analisará as denúncias, avaliará as provas, ouvirá testemunhas, solicitará diligências e montará um relatório. Um relator será escolhido pelo presidente.

Em seguida, caso dois membros votem pelo prosseguimento da denúncia, ela irá para a Câmara de Julgamento, que também pode solicitar novas provas ou ouvir novas testemunhas. Não há prazo exato para esse processo, porém, a intenção dos membros da Comissão é dar celeridade à avaliação das acusações, justamente por essa questão que eles se reunirão nesta segunda-feira (7). O horário ainda não foi definido.

Caso a decisão seja a pena máxima, a destituição do presidente da CBF, Rogério Caboclo, ela ainda terá que ser analisada pela Assembleia Geral Administrativa. É preciso três quartos dos votos contra o presidente para que ele perca o mandato. Entre as punições previstas no Código de Ética também estão advertência reservada ou pública, demissão por justa causa, multa de até R$ 500 mil, suspensão por até 10 anos de atividades envolvendo o futebol brasileiro, proibição de acesso aos estádios ou qualquer atividade envolvendo futebol por até 10 anos e banimento. A Comissão de Ética ainda poderá recomendar ao órgão apropriado da CBF que comunique para Justiça e a polícia sobre a investigação interna.

A Comissão de Ética não é da Confederação, é autônoma e independente. Por isso, há entre membros delegados de polícia e advogados. Com Caboclo afastado, o vice-presidente Antônio Carlos Nunes fica com o posto. Coronel da reserva, o militar tem 82 anos e já chegou a comandar a entidade.

A defesa de Caboclo nega que ele tenha cometido qualquer tipo de assédio ou abuso e afirmam que ele provará a inocência ao longo do processo.


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