Conheça perfis de indígenas na internet para seguir e se inspirar

Influenciadores rompem preconceitos sobre os povos indígenas

[Conheça perfis de indígenas na internet para seguir e se inspirar]

FOTO: Divulgação | Neto Ramos/@thamiresx/Rede social/Oliver Kornblihtt

Já deu dessa ideia racista de que os indígenas são limitados a ser atrativo cultural e vivem “desconectados” do chamado “mundo atualizado”. Incrivelmente, ainda é preciso dizer que os indígenas não vivem 24 horas por dia com cocar, pelados ou em matas fazendo “dancinhas da chuva”. Os indígenas também são produtores de conteúdo, pesquisadores, acadêmicos, políticos entre tantas outras funções.

Nesta semana foi comemorado o Dia da Resistência dos Povos Indígenas, e não o “Dia do Índio”, como erroneamente é colocado, segundo a primeira deputada indígena do Brasil, Joenia Wapichana, que propôs um projeto de lei para "atualizar o significado desta data e valorizar o coletivo e não apenas o indivíduo" . 

Além da contribuição dos indígenas para a história do Brasil, é preciso valorizar as produções indígenas e os povos que levam as suas vivências, tradições e história para a internet. Abaixo, listamos perfis de indígenas que rompem preconceitos e servem de inspiração para muitas pessoas:

Rede Wayuri

Foto: Divulgação

"Wayuri" é uma palavra indígena, na língua Nheengatu, que significa "trabalho coletivo/trabalho de equipe". Essa palavra define bem a atuação da rede de comunicadores indígenas do Rio Negro, no Amazonas, a Rede Wayuri. Ativa desde 2017, a Wayuri conta com 24 comunicadores indígenas de dez etnias diferentes que compartilham, por meio de podcasts, as suas respectivas narrativas e ações de fortalecimento entre as tribos, que vão desde a luta contra a exploração de terras até o fornecimento de oficinas de comunicação para a ampliação das redes. Confira os podcasts abaixo:

Fe?txawewe Tapuya Guajajara

Foto: Divulgação/Oliver Kornblihtt

O jovem indígena Fe?txawewe Tapuya Guajajara, de 22 anos, é gay e ativista pelos povos indígenas. Ele pertence às etnias Fulni-ô e Guajajara e vive em um terreno no santuário dos Pajés, na região noroeste de Brasília. Nas redes sociais, ele é engajado nas discussões acadêmicas sobre os povos indígenas e as vivências LGBTQIA+ dentro das comunidades indígenas. (Siga no @fetxawewe)

Kaê Guajajara

Foto: Divulgação/@thamiresx

Kaê é cantora, compositora indígena, escritora e arte educadora. Nas redes sociais, ela compartilha publicações relacionadas à quebra dos estereótipos indígenas, dados importantes, além de divulgar vídeos que ironizam e alertam sobre o racismo contra os indígenas. Ela também lançou um livro feito com colaboração de outros indígenas, o “Descomplicando com Kaê Guajajara - O que você precisa saber sobre os povos originários e como ajudar na luta antirracista". (Siga no @kaeguajajara)

Samela Sateré-Mawé

Foto: Divulgação/Neto Ramos

Samela Sateré-Mawé é comunicadora da Articulação dos povos indígenas do Brasil (Apib) e ativista ambiental. No Instagram, a comunicadora aborda diversos assuntos com recorte para os povos indígenas, como o feminicídio indígena, o uso das redes sociais como forma de descolonização e dicas para descomplicar notícias para as comunidades indígenas. (Siga no @sam_sateremawe)

Matheus Cairu

Foto: Reprodução/Rede social

Matheus Cairu é uma indígena trans não-binária que rompe com todos os padrões estereotipados sobre o que é ser indígena e mostra o orgulho de ser quem ela é. Matheus é pertencente à etnia Wapixana, do estado de Roraima, faz parte do grupo 'Levante Popular da Juventude Roraimense' e é Miss Trans do estado. (Siga no @matheuscairu)


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