O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) se pronunciou na última quinta-feira (30), através de um documento, sobre as acusações feitas pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE). Durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, o parlamentar disse ter recebido informações que colocam sob suspeita a conduta do conselho. Na ocasião, Rogério Carvalho deu a entender que o Cremesp teria ligação com a manipulação de documentos sobre a Prevent Senior.

“Após tomar conhecimento das acusações infundadas e descabidas feitas pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE), o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), oficiou o presidente da CPI da Covid, o senador Omar José Abdel Aziz, para que sejam tomadas as devidas providências. Também foram oficiados o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e os Conselhos Regionais de Medicina”, diz trecho do documento. 

“Rogério Carvalho é fiscal concursado do Cremesp, atuou durante um ano e desde então vem renovando o pedido de afastamento de suas funções. Causa estranheza o senador Rogério Carvalho dizer que ‘o Cremesp estaria a portas fechadas manipulando denúncias arquivadas do caso Prevent Senior’, quando a realidade mostra que desde fevereiro de 2020, o Cremesp está investigando supostas irregularidades envolvendo médicos e unidades de saúde no contexto da pandemia de covid-19”.

“Cabe ressaltar que o Conselho já havia realizado vistorias nas unidades da Prevent Senior em 2020. Além disso, na data de hoje, o Conselho realizou novas fiscalizações simultâneas em unidades da operadora em questão. Por fim, o Cremesp reitera que se mantém à disposição das autoridades competentes para elucidação das investigações”, continua. 

Ainda no texto, assinado pela presidente do Cremesp, Irene Abramovich, o conselho afirma que aguarda retratação do senador Rogério Carvalho a respeito das acusações. “A fim de seja restabelecida a verdade dos fatos, sem prejuízo de deflagração de procedimento administrativo perante a Comissão de Ética do Senado Federal”.