Algumas pessoas desenvolvem de diversas formas, um aumento significativo no tamanho do coração. Para entender um pouco sobre isso, o cardiologista José Luiz Landeiro, especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, explica um pouco sobre essa enfermidade.

“Alguns medicamentos tem esse efeito colateral, que faz confundir com doença de chagas, que também aumenta o volume do órgão. Os remédios utilizados para quem usa marca-passo tem o efeito de não alterar o tamanho do órgão. O que pode conter, é que, ao usar outras medicações junto ao tratamento da hipertensão, marca-passo ou o dispositivo ‘instalado’ no corpo para a arritmia, tenham esse efeito colateral, como alguns quimioterápicos. É melhor fazer sempre o acompanhamento com seu médico”, explica o especialista.

Existem sim, tratamentos para o coração dilatado. “O coração com o tamanho alterado, em geral, é o resultado de um quadro de insuficiência cardíaca, atrapalhando o bombeamento do sangue no organismo e a oxigenação nos pulmões.  Em geral o tratamento se dá com medicações, que tratam não somente os sintomas, mas até a retenção de líquido, que pode ocorrer. O coração com o tamanho alterado pode causar falta de ar, acúmulo de líquido nos pulmões e dor no fígado (na região do abdômen)”, conta o cardiologista.

A dúvida sobre o que pode causar o aumento do tamanho do órgão é respondida de forma clara: acontece pelo uso de medicamentos associados. E a redução do sal, para casos mais avançados pode fazer toda a diferença. “Os sintomas gerais do coração com o tamanho alterado, mais uma vez, é o cansaço, por falta de oxigenação. Alguns casos mais graves desse quadro, fazem a pessoa ficar com falta de ar quando dorme. Outro efeito são os edemas, que acontecem geralmente nas pernas, que podem ter outras causas, além da insuficiência cardíaca. Uma piora no descaso do coração dilatado, pode o levar para internação hospitalar e, em muitas vezes o paciente vem a falecer, pois o coração começa a ‘se matar’, já que ele está sofrendo de insuficiência”, afirma o especialista.

Já existem cirurgias para tratar ou reverter o problema, uma delas é o transplante cardíaco. “Ou, se o caso for mais reversível, a ponte de safena pode beneficiar muito o paciente, trazendo melhora em sua qualidade de vida”, cita José Luiz.

Vou começar a me exercitar, por onde começar? - “Para exercícios de muita intensidade, é necessário acompanhamento médico. Fazer uma avaliação física junto com o profissional para saber se o coração aguenta esse tipo de ‘pressão’ no momento da atividade”, completa o especialista.