Coreia do Norte testa míssil de cruzeiro de longa distância
O lançamento foi considerado bem-sucedido, segundo a agência de notícias estatal KCNA

Foto: Reprodução/R7
A Coreia do Norte anunciou a realização de testes de um novo míssil de cruzeiro de longo alcance nesse fim de semana. O teste foi considerado bem-sucedido, conforme divulgado pela agência de notícias estatal KCNA nesta segunda-feira (13).
O último teste de míssil da Coreia do Norte ocorreu em março, com o lançamento de um míssil balístico tático de curto alcance. Em janeiro, um teste de cruzeiro foi feito horas depois de Joe Biden assumir a Presidência dos EUA.
A execução de novos testes mostra que o país asiático continua desenvolvendo armas. Desde 2019, negociações entre os EUA e a Coreia do Sul vem ocorrendo para que programas nucleares e de mísseis balísticos sejam desmantelados em troca do fim das sanções econômicas.
A agência estatal divulgou os testes um dia antes da reunião entre EUA, Coreia do Sul e Japão, em Tóquio, para discutir uma alternativa de negociação com a Coreia do Norte. A nova arma é considerada uma peça importante de um plano de 5 anos estabelecido em janeiro para desenvolver as tecnologias militares do país.
“O desenvolvimento deste sistema de armas, que foi fortemente impulsionado como um trabalho crucial sob a preocupação especial do Comitê Central do Partido, tem um significado estratégico de possuir outro meio de dissuasão eficaz para garantir de forma mais confiável a segurança de nosso Estado e conter fortemente as manobras militares das forças hostis contra a República Popular Democrática da Coreia”, diz comunicado.
Biden se diz disposto a negociar a desnuclearização da Coreia em troca de abrandar as sanções, desde que assumiu a presidência dos EUA. O comandante da Coreia do Norte, Kim Jong-un, disse que os EUA e a Coreia do Sul tem sido hostis com Pyongyang.
Em agosto, Sung Kim, enviado dos EUA para a Coreia do Norte, afirmou estar à disposição para conversar com autoridades norte-coreanas “em qualquer lugar, a qualquer hora”. Mas Pyongyang decidiu não atender às chamadas anuais da Coreia do Sul e dos EUA.