Coronavírus se transformou em 30 cepas distintas, revela estudo na China

Tal mudança pode explicar os casos mais agressivos

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FOTO: Reprodução/ Getty Images

Um estudo feito por cientistas da Universidade de Zhejiang apontam que o SARS-CoV-2, causador da Covid-19, já deu origem a mais de 30 cepas diferentes. Elas são alterações morfológicas, uma espécie de evolução do vírus inicial.

De acordo com o jornal South China Morning Post, as cepas possuem níveis de carga viral diferentes, tornando-as mais perigosas. Uma dessas variações pode carregar até 270 vezes mais carga viral. Isso significa que uma pessoa infectada produz 270 vezes a quantidade de vírus que uma pessoa contaminada na atualidade.

"O Sars-CoV-2 adquiriu mutações capazes de alterar substancialmente sua patogenicidade", disse o epidemiologista Li Lanjuan, responsável pelo estudo. Em março, antes de a OMS declarar o estado de pandemia, cientistas chineses já haviam identificado pelo menos duas cepas do coronavírus. A multiplicação de diferentes cepas pode explicar porque alguns casos de covid-19 são mais agressivos. Além disso, também fica mais difícil combater a infecção.

No Brasil, o genoma do vírus já foi sequenciado algumas vezes. O primeiro realizado na Amazônia revelou que o coronavírus já tem 11 mutações em relação ao que foi sequenciado em São Paulo, em fevereiro deste ano. Isso aponta para a circulação de linhagens diferentes do vírus no país.

A diferença encontrada entre os vírus dentro do Brasil é maior do que as do vírus original de Wuhan, na China, onde foram registrados os primeiros casos da covid-19. Ao todo, foram nove mutações diferentes achadas no coronavírus da Amazônia em comparação ao chinês. A pesquisa foi feita na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Amazônia, em Manaus, e coordenada pelo cientista na área de virologia e biologia molecular, Felipe Naveca.

“A gente não tem ainda como saber se essas mutações da China para cá já são alguma coisa que terá impacto do ponto de vista clínico. A priori não tem nada que a gente possa dizer que a mutação aqui está relacionada a um aumento de virulência desse vírus”, afirmou.


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