Na corrida para comprovar uma vacina que seja capaz de atuar contra a doença do novo coronavírus (Covid-19), a Rússia vai começar a testar a substância em mais de 40 mil pessoas e serão supervisionadas por um comitê estrangeiro de pesquisa. 

Mesmo sem ter comprovação, a vacina russa recebeu pedidos globais de até 1 bilhão de doses e tem capacidade para produzir 500 milhões de doses por ano por meio de parcerias de fabricação. O Instituto Gamaleya, responsável por conduzir as pesquisas afirmou que há 45 centros médicos que estão envolvidos nos testes e que apenas aguarda entrar na fase necessária pelas autoridades internacionais. 

A Rússia tem atraído críticas de pesquisadores sobre a vacina e se defende ao afirmar que as pesquisas, na verdade, tiveram início há seis anos, com outros tipos de coronavírus, e agora foram adaptadas. Atualmente há quatro outras vacinas em fase final de testes, duas chinesa, a Coronavac, uma conduzida pelo laboratório AstraZeneca e outra pela Universidade Oxford, nos Estados Unidos. 

Nos EUA, o presidente Donald Trump planeja acelerar o período de testes da vacina para que os testes sejam liberados para aplicação antes das eleições de novembro. Nesse domingo (23), o presidente anunciou que a FDA, a Anvisa americana, vai permitir emergencialmente o tratamento com plasma sanguíneo contra a Covid-19.