Covid-19: Aplicação da 1ª dose no Brasil se assemelha à países ricos
Número chega a ser maior que países que iniciaram a vacinação antes

Foto: Reprodução/Banco de Imagens
Em comparação aos dados oficiais da ECDC (Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças) e do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA), desta sexta-feira (20), o Brasil se assemelha ao número e velocidade de aplicação da primeira dose da vacina contra a Covid-19 em países ricos. O país iniciou a vacinação em janeiro e já ultrapassou países que começaram as campanhas antes.
Os números correspondem a 76,1% dos brasileiros com 18 anos ou mais vacinados com ao menos uma dose, que fica acima da média dos 27 Estados-membros da União Europeia (74,8%).
A Suíça, um dos países com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo, vacinou até agora apenas 56,1% da população adulta com a primeira dose, em um programa de imunização iniciado em 22 de dezembro. Nos países da Europa há discrepância entre valores de aplicação, alguns já passam dos 90% dos cidadãos adultos com a primeira dose, como Portugal e Irlanda, enquanto outros têm 50%, como é o caso da Eslováquia.
Um dos motivos para o atraso da vacinação nesses países é a desconfiança e a rejeição à vacina.
Aplicação da segunda dose
No entanto, em termos de segunda dose o país fica atrás dos demais, com 33,6% da população com 18 anos ou mais completamente vacinada. Nos Estados Unidos (EUA), são 62%; na União Europeia, 65,3%.
O motivo se dá pelo prazo seguido para a aplicação do imunizante Pfizer, de três meses, além do fato da vacinação ter começado mais tardiamente no país. O intervalo entre doses dos Estados Unidos para os imunizantes da Pfizer e da Moderna é de 21 dias, o que acelera a imunização completa.
De acordo com a última atualização do Ministério da Saúde, 62,8 milhões brasileiros que tomaram a primeira dose ainda precisavam tomar a segunda — a grande maioria aguarda o intervalo. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, cobra que pessoas procurem postos de vacinação para completar a imunização e afirmou que, até a semana passada, cerca de 7 milhões de pessoas estavam com a imunização em atraso, pois não retornaram para tomar a segunda dose.