Covid-19: número de municípios sem mortes cresce 48% em agosto

A média móvel de mortes no Brasil, entretanto, ainda é de 644 por dia

Por Da Redação
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Covid-19: número de municípios sem mortes cresce 48% em agosto

Foto: Getty Images

Um levantamento realizado pelo portal R7, com base nas estatísticas do Ministério da Saúde, aponta que o número de municípios que não registrou mortes causadas pela Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, cresceu 48% em agosto e passou de 1.678 em julho para 2.500 no mês passado, patamar que o país não atingia desde dezembro de 2020. Segundo os dados, a quantidade equivale a 44,88% dos 5.570 municípios brasileiros.  

Acima da taxa de dezembro do ano passado, de 2.638, só novembro teve resultado melhor no enfrentamento à pandemia, com 3.190 municípios sem vítimas da covid. Depois destes meses, o ano de 2021 foi de altas sucessivas no número de mortes pela doença, que começaram a cair somente a partir de julho.

Segundo a pesquisa, as cidades com menos de 50 mil moradores, apenas com algumas exceções, são as que registram menor número de mortes. Em agosto, o maior município com zero vítimas foi Ubatuba, no litoral de São Paulo, com população de 91 mil. No mês, o estado com mais cidades zeradas de mortes foi o de Minas Gerais, que teve 407 municípios dentro do levantamento.

Em relação aos locais que nem mesmo registraram casos da Covid-19 durante os meses, a tendência é a mesma. A taxa é a melhor em novembro, sofrendo pioras até março. Em agosto, o patamar chega próximo ao final do ano. No entanto, os níveis da pandemia no Brasil continuam muito altos e, somente no mês passado, mais de 20 mil pessoas perderam a vida para a doença. A média móvel de mortes da última quarta-feira (1º), a menor do ano até agora, ainda é de 644 mortes por dia.

Apesar do avanço da vacinação no Brasil, especialistas alertam para a disseminação da variante Delta. Um estudo da Healthtech Hilab prevê que, em um cenário pessimista, os próximos meses podem trazer um aumento considerável de casos no Espírito Santo, Paraná, Roraima, Santa Catarina e no Distrito Federal por causa dessa mutação. Esse cenário pessimista considera como variáveis para a piora a disseminação de novas variantes, o aumento da mobilidade social e queda progressiva no uso de máscara entre os vacinados.
 

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