Covid-19: operação da PF investiga empresas suspeitas de fraudar licitação
CGU cita superfaturamento de 300% na compra de insumos

Foto: Divulgação/ PF
As investigações da ‘Operação Carga Viral’ apontam o envolvimento de pelo menos cinco empresas suspeitas de fraudes em licitações para compra de insumos referentes à Covid-19 em Juazeiro, no norte da Bahia. A Polícia Federal informou nesta terça-feira (13), em coletiva de imprensa virtual, que a ação cumpriu, junto com a Controladoria-Geral da União (CGU), seis mandados de busca e apreensão.
Ainda segundo a PF, os mandados foram cumpridos em Juazeiro, Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador e em Petrolina, cidade pernambucana vizinha a Juazeiro. Na coletiva, a PF afirmou que, além da fraude nas licitações, a operação também investiga os contratos de compras superfaturadas dos kits de teste-rápido, máscaras, luvas e protetores faciais. Nos contratos celebrados com as empresas, a CGU citou que houve superfaturamento de 300% no valor de alguns insumos. Os testes rápidos, por exemplo, custam cerca de R$ 55 em média, no mercado. Segundo o que foi apurado pelo órgão, a prefeitura de Juazeiro adquiriu cada um por R$ 180, um superfaturamento de cerca de 230%.
Na operação desta terça, foram apreendidos computadores e smartphones. Os aparelhos serão utilizados para apurar se há envolvimento de servidores públicos no esquema que, segundo a polícia, causou prejuízo de cerca de R$ 1,4 milhão aos cofres públicos. Ainda de acordo com a PF, os atos investigados são referentes a 2020 e não à gestão municipal atual.